Minha Esposa Muda romance Capítulo 176

Flavia bateu na porta antes de entrar, carregando documentos em suas mãos, quando, por coincidência, Carolina se levantou de trás de sua mesa.

Flavia hesitou por um momento, observando a distância entre elas, e seus dedos apertaram os documentos que segurava.

Carolina sorriu e explicou: "Eu estava ajudando o Presidente Duarte a procurar alguma coisa. Por que você entrou sem bater na porta?"

Flavia apertou os lábios e olhou para Thales.

Ele franziu ligeiramente a testa, mas permaneceu em silêncio.

Flavia baixou a cabeça, entregou os documentos, ou melhor, colocou-os sobre a mesa, fez uma breve reverência e saiu.

Carolina observou Flavia sair do escritório antes de voltar sua atenção para Thales, que estava olhando para ela.

"Tem alguma coisa errada, Presidente Duarte? Tem alguma coisa no meu rosto?" - Carolina tocou suas próprias bochechas.

Thales manteve seu olhar nela por um momento, fazendo com que Carolina se sentisse um pouco insegura.

De repente, ele desviou o olhar e disse, com um tom ambíguo: "Diretora Costa, deveria se concentrar mais no seu trabalho".

Carolina ficou um pouco surpresa, o sorriso em seus lábios se desvaneceu um pouco, mas ela respondeu tranquilamente: "Entendo".

Após dizer isso, Carolina saiu, seus saltos ecoando pelo corredor.

Assim que saiu, o sorriso em seu rosto mudou, adquirindo uma frieza difícil de interpretar.

Flavia estava distraída em frente ao computador, encarando a tela até que ela se apagou.

"Ei, a jornada de trabalho acabou." - Alguém bateu na sua mesa.

Flavia voltou a si, assentiu para a pessoa e começou a arrumar suas coisas.

De repente, seu celular vibrou com uma nova mensagem do WhatsApp.

Era de Ribeiro, uma mensagem curta.

"A Sra. Oliveira está no hospital".

A mensagem vinha acompanhada do endereço do hospital e do número do quarto.

Flavia hesitou por um momento, sabendo muito bem a quem ele estava se referindo.

Flavia apertou os dedos, estendeu a mão para abrir a porta e obedientemente entrou no carro.

Ela pensou que, se agisse corretamente, ele concordaria em levá-la.

Se ela confrontasse o Thales, sabia que não conseguiria chegar hoje.

Thales começou a dirigir, mas o trânsito estava terrível, percorrendo menos de trezentos metros em vinte minutos.

Irritado, ele abaixou a janela e acendeu um cigarro, recostando-se casualmente no banco, com a cabeça levemente inclinada para trás, exalando uma baforada de fumaça que saiu pela janela.

A fumaça restante flutuou em direção a Flavia, um pouco sufocante, ela parou de tossir e puxou a manga dele.

Thales virou-se para olhá-la, depois desviou o olhar.

"Esqueça." - Ele rejeitou sem piedade o pedido dela.

Flavia pensou na condição de Marisa e na atitude de Eduardo, sentindo-se cada vez mais ansiosa.

Ela agarrou a manga de Thales novamente, puxando-a.