Minha Esposa Muda romance Capítulo 1456

Ronaldo fechou o caderno e perguntou novamente, "Hélio está com você?"

Thales sorriu de leve, sem dizer nada.

Naquele momento, Ronaldo estava profundamente perturbado. Ele pegou o pen drive, levantou-se e disse, "Deixe-me pensar com calma, descanse por enquanto."

Assim que terminou de falar, ele deixou o quarto rapidamente, como se temesse ouvir Thales fazer alguma exigência.

É preciso dizer que a imagem de pai que ele projetava para o público era muito convincente, até mesmo Lauro e seus associados acreditavam nisso.

Afinal, não era um filho que havia crescido ao seu lado. Quanto afeto ele poderia realmente sentir?

Havia tantos interesses e pessoas envolvidos nisso. Ele realmente iria se opor a Lauro apenas para se vingar?

Essa resposta, provavelmente nem o próprio Ronaldo sabia, e seu silêncio anterior era a melhor prova disso.

Se ele estivesse morto, seria uma história diferente. Ronaldo teria todos os motivos e evidências para confrontar Lauro.

Mas estando vivo, sua única utilidade era ajudar a combater essas pessoas e continuar seu legado, perpetuando seu nome e poder.

Esse pen drive não podia ser revelado, pois continha evidências do sequestro de Hélio por Thales, o que poderia acabar se voltando contra ele.

A menos que ele conseguisse devolver Hélio são e salvo.

Mas se fizesse isso, Ronaldo agiria?

Ele não agiria, e nem Lauro. Ambos pesariam os prós e contras, optando por minimizar o incidente.

Thales acariciou o computador e abriu um documento aleatório, que continha um arquivo.

Nome: Pablo Nunes.

Código: Raposa.

A foto estava mascarada, impossível de reconhecer o rosto.

Era um ponto de virada, mas ele era o irmão de Flavia.

Thales fechou o documento e optou por excluí-lo.

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Era o primeiro dia do ano.

Ela pegou Pequeninho, cobriu-o bem e saiu com ele.

Bianca dirigia pelas ruas sem rumo, todas as portas estavam fechadas, e o grande feriado tinha esfriado ainda mais o ambiente.

Quanto mais movimentado era o local em dias normais, mais vazio ficava durante as festividades.

Depois de mais de uma hora rodando, só em um lugar mais isolado encontraram algumas lojas abertas, e havia bastante gente lá.

Bianca estacionou o carro, "Finalmente vamos comer!"

Ela tinha comido as duas últimas marmitas da noite anterior, mas aquilo mal saciava a fome. Agora, sentia como se o estômago estivesse colado nas costas.

Bianca correu desesperadamente, como alguém faminto correndo para reencarnar, enquanto Flavia, carregando Pequeninho e um monte de coisas, mal tinha fechado a porta do carro quando Bianca já estava bem distante.

Flavia suspirou e mal tinha dado alguns passos quando, de repente, uma mão cobriu sua boca e nariz.

Ela se assustou, sem tempo de reagir, um saco preto foi colocado sobre sua cabeça, e ela foi empurrada para dentro de um carro.

Flavia segurava Pequeninho com força, com inúmeros pensamentos passando por sua cabeça, temendo que Lauro e seu filho a tivessem sequestrado.

Ela tentou se acalmar, temendo que Pequeninho acordasse e irritasse seus captores.

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