A voz de Eliano, nem leve nem pesada, espalhou-se pela casa como neve se dissolvendo, e as palavras "Vi sim, e até tratei sua ferida pessoalmente" ecoavam na mente de Almira.
Ela sonhou que Eliano aplicava o remédio nela, e sonhou que segurava a mão dele sem querer soltar. Isso era real, não um sonho!
Foi Eliano quem aplicou o remédio, e é por isso que sua dor nas costas se curou tão rapidamente.
"Então, o que eu disse hoje de manhã..."
"Chamando-me de amor e dizendo que você está linda, pedindo-me para abrir os olhos e ver? Eu ouvi tudo!"
Eliano respondeu com seriedade, seus olhos calmos revelavam firmeza e discrição, mas suas palavras eram diretas e desinibidas.
Almira ficou paralisada no lugar, piscando para o homem na cama e murmurou após um momento: "Estive sem roupa!"
Ela passou a noite toda sem se vestir, e ainda havia caminhado pela casa de forma despreocupada naquela manhã, isso significava que...
"Eu não vi."
A voz de Eliano era quase inaudível, e seu olhar já havia se desviado, voltando para o tablet em suas mãos.
Mas como essa afirmação soava falsa, se ele tinha aplicado o remédio, coberto-a com um cobertor, e ela tinha segurado sua mão, sendo tocada por ele a noite toda, o que significava "eu não vi"? Era óbvio que ele tinha visto tudo.
Almira encheu as bochechas, olhando para o homem na cama com irritação e aborrecimento, finalmente murmurando: "Bem, já que você viu, tanto faz, afinal, eu já faço parte da família Carvalho".
Apesar de suas palavras, seus lábios apertados e o rosto corado revelavam sua timidez e frustração.
Ela mesma não havia sido cuidadosa, agora não tinha motivos para culpá-lo. Se havia alguém para culpar, era ele.
Se havia alguém para culpar, era ela mesma, por nunca ter imaginado que Eliano acordaria tão rápido ou que veria uma versão dela assim.
"Obrigada!"
Eliano: ???
Ele disse isso?
Será que isso é o que chamam de diferença de gerações? Eliano franziu a testa, prestes a se explicar, quando ouviu Almira falar com ímpeto: "Eu sou a Sra. Carvalho, solenemente trazida pela porta da frente por sua mãe e legalmente casada com você. O que você quer dizer com 'a família Carvalho não vai prender me'? Sonhe!"
Depois de falar, Almira pareceu se lembrar de algo.
Ela começou a remexer nas gavetas de seu quarto, jogando rapidamente duas certidões de casamento vermelhas e um contrato na frente dele.
Almira olhou para ele com orgulho, dizendo: "Se quiser o divórcio, tudo bem, mas você terá que me pagar uma grande pensão, além da casa da família Coelho."
Embora sentisse que suas palavras tinham força, Almira ainda assim não conseguiu evitar que seus olhos se enchessem de lágrimas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa
Não tem final que decepção....nota 0 (zero)...
História prolongada desnecessariamente,,,,acabando com o prazer do leitor e até do próprio autor,lamentável!!!!...
Nossa eu gostaria muito que liberasse os capítulos. A história é boa, mas não postaram nenhum novo capítulo 😢...
Acabou há história será?...
Nunca mais atualizou que triste...
Solta mais capítulo...