Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa romance Capítulo 679

A cirurgia durou do meio-dia até a tarde, e Almira não soube quanto tempo esperou lá fora, até perceber um leve movimento de Eliano ao seu lado, o que a fez voltar a si. Juntos, aproximaram-se.

"Pai, como o senhor está?"

Sílvia observava ansiosamente o ancião que era trazido para fora, notando sua face pálida e magra, ainda inconsciente.

Vânia enxugava as lágrimas enquanto murmurava com voz trêmula: "O vovô não vai morrer, vai?"

"O que você está falando? Seu avô está bem, não vai acontecer nada."

Sílvia, que ficara viúva cedo, apesar de contar com o apoio da família Carvalho, liderada por Nivaldo, sentia-se frequentemente sufocada. Mas ela estava ciente do cuidado que o patriarca sempre teve com ela e seu filho ao longo dos anos.

Apesar de ter um carinho especial por Nivaldo e sua família, o patriarca sempre tratou Eliano como o herdeiro do conglomerado, assegurando suficientes ações e propriedades para que mãe e filho tivessem um lugar de destaque na família Carvalho.

Embora seu afeto pelo ancião não fosse como o de um pai biológico, o sentimento paternal desenvolveu-se ao longo dos anos. Vendo-o naquela condição, ela sentiu um vazio momentâneo.

"Eu... só estou com medo."

Ela nunca havia se deparado com a morte antes. Não estava presente quando sua avó faleceu, e era muito jovem quando perdeu o pai, sem ter uma real noção sobre a vida e a morte.

Essa era a primeira vez que sentia o medo de perder alguém próximo, um sentimento que a deixava aterrorizada.

Almira, com o rosto pálido, mantinha suas mãos firmemente fechadas ao seu lado, enquanto ouvia vagamente a conversa entre Eliano e o médico.

Não conseguia compreender claramente o que era dito, apenas captava ecos distantes.

"A situação foi estabilizada por agora, mas, dada a idade avançada do senhor, temo que ele não consiga passar deste inverno. É melhor vocês se prepararem."

Essas palavras simples ressoavam nos ouvidos de Almira, como se ela não tivesse entendido nenhuma palavra e, ao mesmo tempo, compreendesse tudo.

Ela sentia um medo terrível, lembrando-se do momento em que seus pais faleceram.

"Almira, eu... estou tão preocupada."

Vânia abraçava Almira, sua voz cheia de medo. Ela não ousava compartilhar seus medos com Sílvia, temendo ser repreendida, e naquele momento, Eliano também não lhe daria atenção.

Assim, ela se agarrava a Almira, igualmente perdida, ambas compartilhando um sentimento de desespero.

"Não se preocupe, temos que ter fé no vovô."

Graciele respondia mecanicamente, suas palavras soando vazias, mesmo sabendo que não eram verdadeiras.

O grupo permaneceu no hospital até altas horas da noite, até que a pressão de Sílvia subiu, e Vânia finalmente conseguiu levá-la de volta à Mansão Clássica.

Almira sentava-se obedientemente ao lado de Eliano, ambos em silêncio, até que Bruno apareceu sorrateiramente após o expediente do diretor, franzindo o cenho ao ver as duas figuras no corredor.

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