Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa romance Capítulo 369

Almira mal tinha voltado quando viu Graciele de pé no quintal alimentando o cachorro.

Eliano tinha desaparecido, mas ela, mesmo com o frio cortante, fazia questão de ficar ali de pé, não parecia estar ali para alimentar o cachorro, e sim como se estivesse esperando por Almira.

Almira franziu a testa, será que tinha feito algo de errado? O que teria feito Graciele querer procurá-la para apontar falhas, e até mesmo ficar de propósito ali esperando?

Havia algo que não podia ser dito dentro de casa, ou talvez Eliano estivesse lá dentro?

Com o coração apreensivo, Almira hesitou antes de se aproximar e chamou com uma voz baixa: "Irmã!"

"Você mal chegou e já saiu, alguém marcou um encontro com você?"

Essa pergunta de Graciele não pareceu uma simples questão, mas sim uma acusação.

E por algum motivo, Almira achou estranho ser questionada assim por Graciele.

"Eu só ouvi dizer que a Mansão Azul e a Mansão de Samba são bem conhecidas por aqui, então fui dar uma olhada."

"Você acha que eu sou idiota? Que época do ano é esta, nem as folhas das pereiras nasceram ainda, o que você foi lá fazer exatamente? Deixou ele sozinho no quintal, não teme que ele fique chateado?"

Graciele falava de Eliano, é claro.

Almira, que já estava se sentindo culpada, não pode evitar se defender: "O que ele sente não é da minha conta, por que eu deveria ter medo dele?"

"Continue se fazendo de forte!"

"Quem está se fazendo de forte aqui? Estou falando a verdade. Eu também tenho direitos, ele fica me vigiando o tempo todo, isso é como uma prisão para mim, eu vou resistir."

Almira murmurou baixinho, jurando nunca admitir que tinha ido encontrar Nilo escondida, recebeu uma declaração de amor e quase foi beijada à força.

Ela considerava Nilo um amigo, mas ele queria que ela fosse sua namorada. Ela tinha calculado mal, e também se sentia culpada.

Embora Graciele nunca tenha experimentado ser amada e valorizada por seu marido, ela entendia o que Almira estava passando.

Anteriormente, ela estava preocupada com Eliano, a família Coelho estava arruinada, Almira não tinha valor utilitário algum para eles, e ela temia que sua irmã repetisse sua história trágica.

Naquele dia sob o sol escaldante, segurando uma garrafa de molho de soja ao sol, aquela sensação de estar sendo fritada, ela não queria experimentar novamente, muito menos desejava isso para sua irmã.

"Eliano ficou muito bravo?"

Almira franziu a testa, espiando cuidadosamente dentro de casa, sem ver Eliano. Ele, que geralmente era tão visível, agora estava tão bem escondido.

Graciele sorriu e tocou sua testa: "Se ele está bravo, vá lá e faça as pazes com ele."

"Ah? Por que eu deveria fazer as pazes com ele?"

Graciele respondeu como se fosse óbvio: "Ou você acha que eu deveria ir?"