O calor nos olhos de Graciele lentamente se dissipou, dando lugar a um frio intenso e ao rancor. Ela odiava, odiava a família Barros, odiava Rafael e também se odiava. Cinco anos de juventude e sinceridade ela havia dado a um homem que definitivamente não merecia.
"Mas, como você vai cuidar dele sozinha?"
Almira era quem mais entendia Graciele, mas justamente por conhecê-la tão bem, ela estava ainda mais preocupada. A personalidade de sua irmã era muito gentil, e havia coisas que ela não diria facilmente, mas, uma vez ditas, ela certamente não mudaria de ideia. Ela não poderia ser mudada!
Ela estava apenas preocupada. Graciele, uma jovem mãe solteira, cuidando de um recém-nascido e ainda gerenciando uma fábrica, provavelmente estaria sobrecarregada.
"Fique tranquila, sempre haverá um jeito. Desde que decidi ter esse filho, certamente serei responsável pela vida e pelo futuro dele."
"Mas um filho que nasce sem pai, no fim das contas, é muito triste."
Almira apertou os lábios, olhando para a barriga de Graciele. Embora o filho não estivesse em seu próprio corpo, parecia que ela também podia sentir essa pequena vida. E não podia negar, ela também estava um pouco feliz e ansiosa. Afinal, era o filho de sua irmã, talvez carregasse metade do sangue que corria em suas próprias veias. Ela se perguntava se ele se pareceria com ela quando nascesse.
"Já que ele veio a este mundo por minha causa, abandoná-lo agora seria injusto. Embora ele nasça sem um pai, eu vou amá-lo com tudo que tenho."
Se ela desistisse agora, não estaria tirando do filho o direito de ser amado?
"Não é só você, a tia dele também vai amá-lo muito."
Almira sorriu, olhando curiosa para a barriga de Graciele: "Irmã, ele se mexe agora? Ele te chuta?"
"Não há 'mas' nem preocupações. Você me deu tanto dinheiro, e com dinheiro, tudo se resolve, não é? Além do mais, lá é o interior, os vizinhos cuidarão bem de mim se forem bem recompensados."
"Com ele, eu também não vou me deixar ficar exausta, nem vou me deixar sofrer. Eu vou comer bem, e vou comer muito bem. Você só precisa me levar ao hospital quando chegar a hora do parto."
Almira não esperava que Graciele já tivesse arranjado tantas coisas. Claramente, desde que soube de sua gravidez, ela estava se preparando para tudo. Seu pensamento era cuidadoso e sério, não era mais a Graciele que a família Barros havia conhecido, aquela que era tão ingênua ao ponto de qualquer pessoa poder machucá-la.
"De jeito nenhum, eu vou te acompanhar em cada exame pré-natal a partir de agora, e você não pode recusar."
Almira sorriu, e, já que Graciele havia decidido ter esse filho, então deixaria que as duas irmãs juntas protegessem essa pequena vida!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa
Não tem final que decepção....nota 0 (zero)...
História prolongada desnecessariamente,,,,acabando com o prazer do leitor e até do próprio autor,lamentável!!!!...
Nossa eu gostaria muito que liberasse os capítulos. A história é boa, mas não postaram nenhum novo capítulo 😢...
Acabou há história será?...
Nunca mais atualizou que triste...
Solta mais capítulo...