Almira acordou no meio-dia, despertada pela fome que sentia.
A fome é, de fato, o melhor estímulo para a vontade de viver, e Almira tinha certeza de que ainda não estava pronta para morrer.
Ela se levantou da cama, esfregou a cabeça e, quase instintivamente, seguiu o som fraco em direção à varanda.
Ela havia passado a noite no quarto de hóspedes, pois não havia retornado ao seu quarto para dormir com Eliano.
Em primeiro lugar, ela queria um momento de silêncio para si mesma; em segundo lugar, ela temia a reação de Eliano ao ver seu estado deplorável.
Será que ele a desprezaria ou a acharia uma incômoda? Ou talvez ele se preocupasse um pouco com ela.
Ela dormiu demais durante a noite, tendo aparentemente muitos sonhos, dos quais agora não se lembrava de nada, sentindo-se toda atordoada.
Ao se aproximar da varanda, uma voz feminina, familiar e repleta de queixas soou por trás das cortinas brancas semitransparentes.
"Escutem, vocês dois, embora tenha sido a Almira quem os trouxe aqui, vocês estão comendo a carne da família Carvalho, bebendo a água pura da família Carvalho e dormindo no canil da família Carvalho, e a melhor comida também foi comprada por mim, Vânia Carvalho."
"Quando vocês crescerem, terão de ficar ao meu lado, entendeu? Dizem que os cães são muito leais, então, depois de tudo o que comeram aqui, vocês têm de serem leais a mim acima de tudo e me ajudarem a expulsar aquela mulher indecente, a Almira, da família Carvalho."
"Lembrem-se, quem dá a vocês o melhor tratamento é a Vânia, a mais bela fada da família Carvalho. Vocês devem me recompensar com vossas lealdades por toda a vida."
"Essa mulher, a Almira, trouxe vocês para cá e nem se deu ao trabalho de construir um abrigo. Olhem só o quão bonita é a casa que eu construí para vocês."
"Zeco, coma menos, essa parte é do Belinho."
"A lealdade de um cão não pode ser mudada com apenas uma ou duas refeições saborosas."
A voz rouca de Almira veio de trás, assustando Vânia, que rapidamente se virou e viu Almira pálida, agachada e chamando os dois peludinhos: "Belinho, Zeco, venham cá!"
Assim que ouviram sua voz, os dois animaizinhos que comiam animadamente levantaram a cabeça e, balançando seus corpos gorduchos, correram para o lado de Almira.
Ela imediatamente abraçou os dois cães, agora visivelmente mais pesados, e avisou: "Eles são vira-latas, não precisam de uma ração tão boa. Além disso, cães, assim como humanos, podem ficar doentes se forem muito mimados."
Vânia franziu a testa, perguntando instintivamente: "Que tipo de doença?"
Ela os havia levado para exames regulares e escolhido pessoalmente a melhor ração, tratando-os muito melhor do que a própria Almira, a proprietária. Como Almira poderia dizer que eles ficariam doentes daquele jeito?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa
Não tem final que decepção....nota 0 (zero)...
História prolongada desnecessariamente,,,,acabando com o prazer do leitor e até do próprio autor,lamentável!!!!...
Nossa eu gostaria muito que liberasse os capítulos. A história é boa, mas não postaram nenhum novo capítulo 😢...
Acabou há história será?...
Nunca mais atualizou que triste...
Solta mais capítulo...