O quarto ficava cada vez mais silencioso, e logo se podia ouvir um choro abafado.
Almira cobriu a cabeça com o cobertor, se sufocando sob ele, incapaz de evitar as lágrimas que caíam silenciosamente.
A escuridão preenchia todo o quarto, e somente assim ela se sentia segura, sem medo de ser vista, sem receio de ser julgada ou menosprezada. Quando estava sozinha, podia desabafar todas as injustiças e tristezas que sentia.
A família Carvalho a tratava muito bem, mas quanto melhor era o tratamento, mais desolada ela se sentia.
Sílvia cuidava dela em todos os aspectos, mas ela invejava ainda mais Vânia. Antes, na família Coelho, ela era uma pequena princesa mimada, com a mãe sempre a lembrando e repreendendo, o pai a cobrindo de amor e indulgência, e a irmã a protegendo.
Essas memórias apareciam em sua mente sempre que a noite caía e o silêncio se instalava.
Antes, ela tomava todo aquele carinho por garantido, gostando de ser amada por eles, mas agora, tudo o que ela tinha era a solidão.
Ao ver Vânia tão teimosa, ela sentia inveja e carinho, mas sabia que nunca poderia voltar àqueles tempos.
Ela sentia falta de casa, e por mais que a família Carvalho fosse boa com ela, ela ansiava por seu lar original.
Almira apertou o cobertor contra si, puxando o nariz fortemente, enquanto seus soluços baixos se derramavam de sua boca. Ela não sabia quanto tempo havia chorado, até que o frio em seu corpo se transformou em dormência, e ela finalmente perdeu a consciência.
A porta do quarto se abriu lentamente, e alguém de fora entrou.
Os passos de Eliano eram lentos e até um pouco desajeitados, dificultados pelo incômodo em seu corpo. Ele se aproximou da cama e finalmente se sentou na extremidade dela.
Ele não tinha pressa de verificar se ela estava dormindo ou não, nem de ver como estava a pessoa na cama, apenas suspirou suavemente, sua voz tornando-se suave e profunda no silêncio do quarto.
"Voltando tão tarde assim, eu sabia que você foi à vondade por aí, mas mesmo assim, deveria cuidar melhor de si mesma."
Ele queria aquecê-los em suas mãos, mas assim que tocou, ela rapidamente se afastou, e a figura na cama se moveu, emitindo um som fraco de gemido.
Ferida?
A testa de Eliano se contraiu, percebendo que algo estava errado, e imediatamente puxou o cobertor do pé da cama.
Um par de pés pálidos, cobertos de bolhas sangrentas, foi revelado sob o cobertor branco, parando diante de seus olhos em uma visão especialmente trágica.
A testa anteriormente franzida de Eliano se contraiu novamente, e seu rosto belo gradualmente se tornou sombrio.
Seus olhos escuros e profundos, sob a luz fraca, fixavam-se nos pés cobertos de bolhas, e a atmosfera ao redor de seu corpo tornava o quarto ainda mais frio.
Ela havia se colocado em tal estado lamentável antes de voltar, não era de admirar que não quisesse voltar para o quarto!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa
Não tem final que decepção....nota 0 (zero)...
História prolongada desnecessariamente,,,,acabando com o prazer do leitor e até do próprio autor,lamentável!!!!...
Nossa eu gostaria muito que liberasse os capítulos. A história é boa, mas não postaram nenhum novo capítulo 😢...
Acabou há história será?...
Nunca mais atualizou que triste...
Solta mais capítulo...