Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa romance Capítulo 125

Cemitério de Eterna Paz

Um carro vermelho acelerava pela noite chuvosa.

O porteiro lançou um olhar para a moça sentada no interior do veículo e abriu o grande portão.

O carro avançou até o estacionamento, e logo uma figura graciosa emergiu, vestindo um vestido azul-claro, caminhando lentamente em direção ao cemitério sob a chuva noturna.

A garota não usava guarda-chuva, e logo sua roupa foi encharcada pela chuva fina.

Sob o céu noturno, o vento de outono soprava frio, carregando a chuva e agitando os galhos, criando uma atmosfera de desolação.

A moça caminhou diretamente até uma lápide, parando diante dela para olhar a foto de uma mulher que sorria gentilmente, e com os lábios trêmulos, disse: "Mamãe, me desculpe, eu prometi que me casaria usando aquele vestido, mas acabei não cumprindo, e ainda por cima o perdi."

Após falar, as lágrimas de Almira já haviam começado a escorrer, mas a chuva fina em seu rosto misturou-se com elas, escondendo sua vulnerabilidade.

Almira olhou para a lápide do homem e murmurou: "Papai, me desculpe por não ter cuidado bem da mãe, mas agora ela pode estar com você, e vocês devem estar bem juntos, não?"

"Minha irmã e eu estamos bem. Ela veio visitá-los? Ela se divorciou, mas não se preocupem, a família Barros deu a ela uma boa herança, minha irmã pode viver sem preocupações."

"Me perdoem por não ter vindo visitá-los antes, espero que não estejam zangados comigo, eu apenas não tive coragem."

"Estou bem também, papai e mamãe. Eu me casei, e foi minha culpa de não o trazer para conhecer vocês, eu não lhe contei que vinha aqui."

"A minha sogra é muito boa comigo, e eu tenho uma cunhada, mais velha do que eu, que cuida muito bem de mim e sempre me dá presentes."

"A família Carvalho tem sido muito boa comigo, aquele carro lá embaixo foi um presente da minha sogra."

"Já é tão tarde e ela ainda não voltou, só pode estar aprontando alguma por aí."

Vânia lançou um olhar à escuridão densa lá fora, onde a chuva fina cobria todas as janelas com um véu de gotas d'água, tornando a visão ainda mais fria.

Sílvia virou-se para ela com descontentamento: "Por que você se torna mais rude à medida que envelhece? Se não sabe falar algo útil, melhor falar menos. Você quer mesmo que eu peça ao Bruno para costurar sua boca?"

"Mãe, o que eu fiz de errado para você reagir assim? Não entendo porque quando falo dela, você fica desse jeito. Difícil saber quem é sua filha de verdade. Como assim eu não tenho cérebro?"

Vânia ficou ressentida com a repreensão.

Ela temia que, cegada pelo desejo de ter netos, sua mãe não visse a verdadeira natureza de Almira. Ela se preocupava de que o filho que Almira desse à luz não fosse defamília Carvalho um dia.

Com esses pensamentos, a imagem de Almira abraçada a um homem desconhecido em plena noite invadiu a mente de Vânia, fazendo-a estremecer de medo.

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