Almira passou a manhã inteira no ateliê, trabalhando nos esboços de design que faria para Oriano.
Júlia, observando os uniformes de comissária de bordo nos desenhos, exclamou com admiração: "Essas roupas são lindíssimas, e as comissárias tão belas! Se eu pudesse ter essa beleza estonteante, jamais passaria meus dias escondida em casa pintando."
Almira lançou-lhe um olhar divertido e riu: "Então você queria passar todos os dias arrumada e flertando por aí, é?"
"Eu não tenho esse seu charme natural" - respondeu Júlia: "Ah, e temos aula de administração à tarde, não se esqueça."
Desde que se casou com Eliano, Almira não havia mais morado em um dormitório, e pensava nas suas coleções de livros que ainda estavam lá, planejando buscar tais preciosidades na família Carvalho quando tivesse uma chance.
"Ultimamente, parece que não tenho visto o Mário."
Mário parecia ter evaporado, ou talvez estivesse evitando-a propositalmente nos últimos dias. Almira não conseguia encontrá-lo, e mesmo quando o via pelos corredores, ele passava por ela com um olhar indiferente.
Júlia suspirou: "Desde que vocês terminaram os murais e a pintura do ônibus escolar, eu não vi mais o Mário no ateliê. Ouvi dizer que ele deixou de lado os pincéis para se dedicar à esgrima com suas belas e longas mãos."
Era estranho pensar em Mário, sempre tão polido e limpo, capaz de alternar entre adorável e severo, abandonando a arte pela prática física.
Almira ficou surpresa, não esperava que Mário gostasse de atividades físicas tão intensas, imaginando-o mais interessado em pintura e piano.
"O mês que vem é a celebração da escola. Será que Mário está aprendendo isso para se apresentar no evento?"
Provavelmente era apenas para uma apresentação, Mário não parecia o tipo a seguir um caminho violento.
"Então minha mãe pedindo para tomar o remédio foi errado? Ou ela pediu que você também tomasse?"
Eliano esboçou um leve sorriso, lembrando-se de que nos últimos dias, Sílvia havia coletado vários remédios fortificantes para Almira, na esperança de que ela engravidasse logo, o que deixou Almira apavorada de aparecer em frente de Sílvia.
"Sua mãe me disse para fechar as janelas à noite, como se eu tivesse te deixado resfriado. Diga-me, quem é o culpado pelo seu resfriado?"
Ela estava perplexa. Eliano estava debilitado e ainda assim escolheu tomar banho frio; agora, além de se resfriar, a culpa recaía sobre ela por supostamente não cuidar bem dele.
Eliano, tentando conter o riso diante do fervor dela, respondeu: "A culpa é minha!"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa
Não tem final que decepção....nota 0 (zero)...
História prolongada desnecessariamente,,,,acabando com o prazer do leitor e até do próprio autor,lamentável!!!!...
Nossa eu gostaria muito que liberasse os capítulos. A história é boa, mas não postaram nenhum novo capítulo 😢...
Acabou há história será?...
Nunca mais atualizou que triste...
Solta mais capítulo...