Leon
Pela primeira vez na minha vida acho que posso dizer com toda a certeza que enfim eu encontrei o amor verdadeiro. Minha bela rainha estava dormindo tão serena e em paz, eu sabia que ela não andava dormindo direito. E agora sabia exatamente o porquê.
A minha vontade era de ficar na cama o dia todo, mas não podia, tinha que ir para a empresa, e não via a hora de entrarmos logo em recesso para eu poder finalmente ficar com a minha rainha.
Deus, como ela é linda, a forma como seu corpo corresponde ao meu é algo maravilhoso. E, para tudo se ajeitar, eu tenho que dar um jeito de descobrir quem é o maníaco que está atormentando a minha rainha. Outro passo é comprar um chip e um novo aparelho de celular.
— Bom dia! — ouço a sua voz rouca, e meu pau acorda só porque ouviu a voz dela, me deixando bem dolorido.
— Bom dia, minha rainha, dormiu bem? — puxo-a para os meus braços.
— Sim, como um bebê!
— Isso é muito bom, quero muito que você continue dormindo aqui comigo.
— Leon…
— Calma, minha rainha, eu só estou oferecendo a minha casa e meu quarto para você dormir.
— Sei, então quer dizer que eu posso vir na sua casa quando eu quiser e dormir aqui em seu quarto? — fico admirando seus olhos nublados ainda de sono e seus lindos cabelos embaraçados, e meus olhos vão descendo bem lentamente pelo seu corpo. Não vejo a hora de vê-la sem essas roupas, e sim com uma linda camisola, que nem precisava ser sensual. — Leon, no que tanto você pensa?
— Em nada! — respondo, rápido, não querendo assustá-la mais do que já assustei.
— Por que será que eu não acredito em você?
— Mas é verdade!
— Bom, bem que eu queria ficar de papo, mas tenho aula hoje.
— Por que você não fica em casa hoje?
— Não posso, Leon, o professor já andou chamando a minha atenção — ela levanta da cama, pega a sua mochila e vai para o banheiro.
— Por quê?
— Não entendi — ela sai e fica na porta do banheiro, com a escova de dente na boca.
— Perguntei por que o seu professor chamou a sua atenção.
— Ah, sim, esses dias andei meio estressada com um garoto lá da minha sala. Leon, você me emprestaria uma camisa sua?
— É claro que sim, minha rainha!
— Ah, obrigada!
— Algum problema? — pergunto, curioso, e ao mesmo tempo não querendo mostrar como estava interessado em saber o que estava acontecendo.
— Nenhum.
— Minha rainha, ele voltou a mandar mensagem, não? — questiono, querendo achar o desgraçado.
— Sim — ela sussurra. Pego o seu celular, e as mensagens diziam:
“Onde você dormiu essa noite, puta?”
“Você acha que dormindo com esse homem vai me fazer desistir de você?”
“Estou de olho em você, vadia!”
— Eu vou matar esse desgraçado! — fico alterado.
— Não liga para o que ele fala! — ela pede, me fazendo carinho. Vi que ela estava com medo e ao mesmo tempo sabia que ela estava criando coragem para se libertar.
— Ah, minha rainha, eu ligo, sim! Eu quero que você saiba que não vou desistir de encontrar esse maníaco e dar um fim nele! — aviso, ainda nervoso.
— Não, você não vai fazer nada!
Olho-a sem entender nada e pergunto:
— Como assim, eu não devo fazer nada?
— Leon, esse problema é meu!
— Não, minha rainha, esse problema é nosso! Hoje vamos providenciar outro celular e um chip novo.
— Como assim, Leon, outro celular?
— Sim, outro celular e outro chip, eu não quero que aquele louco volte a falar com você.
— E por que você acha que ele não poderá entrar em contato comigo pelo número novo?
— Porque, minha rainha, quem vai ter o seu número novo seremos sua irmã e eu.
— Então só nós três, e o namorado da Vane não?
Aceno que sim, tinha me esquecido dele.
— Você tem esse número há muito tempo?
— Sim, por quê?
— Só acho que deve ser algum conhecido seu — comento a ideia que passou pela minha cabeça.
— Será?
— Sim, minha rainha. Pode ser alguém conhecido, e você não sabe.
— Ah, Leon, eu nunca vou descobrir quem é esse lunático!
— Ah, você vai, sim.
— Assim espero — eu a abraço.
— O que você pretende fazer agora?
— Eu vou para a faculdade. Você ainda vai me emprestar a sua camisa?
— Ah, é claro que sim — vou até o guarda-roupa e abro as portas.
— Meu Deus, homem, quantas camisas você tem? — ela brinca, e dou risada, eu tinha mesmo muitas.
— Fica à vontade! Eu quero que escolha a camisa que te deixe mais linda do que já é.
— Você está bem romântico hoje, não? — ela brinca, e vai até o guarda-roupa e escolhe uma camisa social da marca Calvin Klein na cor azul-marinho, tira do cabide e coloca em cima da cama.
— Eu gostei dessa cor, combina com esses lindos cabelos ruivos — elogio.
— Que bom, já que gostou eu vou usar esta.
— Ótimo, e lingerie? Talvez você precise, não?
— Na verdade não.
Olho-a confuso.
— Dá para notar, senhor, e ela também ama o senhor — mesmo sabendo disso, ouvir da boca de outra pessoa me deixou muito feliz.
— Sim, eu sei que ela me ama.
— Sua mãe já sabe?
— Ainda não, mas em breve ela saberá.
Ao ver a minha rainha descendo com a mochila, pego as chaves do carro. A Duda se despede da Olívia e me segue.
Como um bom cavalheiro que sou, abro a porta do carro e a ajudo a entrar. Logo estamos seguindo para a universidade.
— Duda? — chamo-a, vendo-a em silêncio.
— Sim, o que houve?
— Você está tão pensativa…
— Estava pensando em como minha vida mudou desde que te conheci.
— Bom, espero que tenha sido para melhor — brinco, ao parar o carro no farol, e olho para ela, que sorri ao dizer:
— Sim, você é a melhor coisa que já me aconteceu! — a vontade que eu tenho é beijá-la com força para mostrar o que estou sentindo nesse momento.
— Eu te amo, Maria Eduarda Sanches, minha rainha — declaro, e seus olhos se iluminam.
— Eu também te amo, Leon Vitorino, meu príncipe lindo — sorrio com o apelido que ela me deu. E ficamos planejando onde iríamos almoçar.
Assim que chegamos, havia algumas pessoas ali fora, talvez cabulando, ou então esperando a segunda aula.
Paro o carro e saio logo. Chego ao seu lado abrindo a porta e pego em sua mão para ajudá-la a sair. Pego a sua mochila e pergunto:
— Então estamos combinados?
— Sim, Leon, a gente se encontra aqui. Tenho que ir, a aula começa em cinco minutos.
— Ah, vem aqui me dar um abraço de despedida — peço. Acho que estou meio carente.
Ela me abraça e se afasta, dizendo:
— Agora eu quero uma coisa de você de despedida!
— E o que seria?
— Uma coisa que você não me deu hoje ainda.
— Então me conta, para eu poder reparar esse erro que cometi.
— Eu quero um beijo seu.
— Esse foi o meu erro? — abro um sorriso bem sexy para ela.
— Sim, esse foi o seu erro.
— Então tenho de repará-lo! — declaro, e a puxo rápido para os meus braços. Logo nossas bocas estão se tocando e nossas línguas duelando naquele beijo maravilhoso. Quando nos separamos, ela diz, ofegante:
— Obrigada por ter reparado o seu erro!
— Eu sempre vou reparar esses erros, minha rainha — falo, piscando o olho.
Nos despedimos com mais um beijo, e fico observando-a entrar no prédio, depois sigo para o escritório. Meu dia agora sim estava perfeito!
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