Mais do que paquera romance Capítulo 40

Raviel abriu os olhos de ímpeto. Com um brilho afiado passando pelos olhos, ele se levantou do chão.

Depois de enxergar a pessoa na sua frente, que era Andreia, ele afrouxou toda a vigilância:

- É você.

- Sim, sou eu - Andreia o apoiou a levantar-se. - Presidente Raviel, porque é que você ficou bêbado aqui?

Havia dois apartamentos nesse piso, um deles era a casa dela e das duas crianças e o outro estava desocupado.

Se ela não mantivesse acordada, provavelmente ele iria ficar lá deitado por uma noite inteira.

- Eu moro aqui - Raviel respondeu em voz rouca e sacudiu a cabeça tonta.

Andreia ficou confusa por um momento:

- Mora aqui? Somos vizinhos?

Ela apontou a porta à esquerda por ter incerteza.

Raviel disse sim e lhe entregou um cartão magnético:

- Por gentileza. Eu estou com a cabeça pesada.

- OK. - Reprimindo a surpresa no coração, Andreia recebeu o cartão apressadamente.

A porta se abriu pelo cartão.

Ligou-se a iluminação de todo o apartamento.

Andreia apoiou Raviel para entrar, deixou-o no sofá e deu uma olhada pela moradia dele.

O apartamento era bem maior do que o dela, mas muito simples também. Além dos móveis e eletrodomésticos básicos, não havia mais nada e dava uma sensação deserta.

- Presidente Raviel, você comprou esse apartamento há pouco? - Andreia encolheu o olhar e perguntou.

- Não - Raviel esfregou as têmporas. - Há muito tempo que eu o comprei, só que ainda não o usei.

- E porque é que veio morar aqui esta noite? - Andreia se viu curiosa.

Raviel pausou o movimento da mão e abaixou as pálpebras, escondendo a escuridão nos olhos.

Referente a essa pergunta que ela levantou, ele também não sabia dizer o porquê, na verdade. Ele tinha muitos imóveis e podia morar em qualquer um deles.

Porém, quando ele tomou a decisão, de repente apareceram os rostos dela e dos filhos na mente dele. A seguir, ele mudou a direção e veio para aqui.

Ao ver a hesitação de Raviel, Andreia achava que não deveria fazer essa pergunta. Ela tossiu levemente e desviou o tópico:

- Humm... Presidente Raviel, vou fazer uma bebida para lhe tirar a embriaguez.

Depois, ela saiu do apartamento dele.

No entanto, quando ela retornou com a bebida, Raviel já tinha adormecido encostado no sofá.

Parecia que não precisava mais dessa bebida!

Andreia abaixou a cabeça fixando o olhar na bebida na mão. Em seguida, ela colocou a bebida na mesa e pegou um cobertor no quarto para Raviel, prestes a voltar e descansar.

Porém, a mão dela foi agarrada no momento em que se virou.

Andreia achava que Raviel acordou e virou a cabeça de imediato, mas descobriu que não. Ele deveria ter sonhado com algo, por isso que segurou a mão dela.

- Presidente Raviel, poderia largar minha mão? - Andreia curvou a cintura e disse em voz leve aos ouvidos dele.

Mas Raviel não tinha nenhuma reação, em vez de acordar imediatamente como fez há pouco.

Sem jeito, Andreia tinha que separar a mão de Raviel para se livrar.

Infelizmente, quanto mais força ela usou, mais fortemente Raviel a agarrou.

Por fim, Andreia desistiu. Ela olhou para o homem deitado no sofá com dor de cabeça.

Então, não pretende deixá-la voltar?

De repente, o celular tocou no bolso.

Andreia tomou um longo fôlego e prestou uma olhada no celular. Ao ver o identificador da chamada, ela sorriu:

- Mãe.

- Andy, você já dormiu? - veio uma suave voz feminina de idade média do telefone.

Andreia disparou um olhar reclamante a Raviel:

- Ainda não.

Segurada por ele, ela nem podia voltar para casa, já não para falar de dormir.

- É bom que ainda não dormiu. Tenho medo de te acordar. - Virgínia fez uma risada.

Andreia se sentou ao lado de Raviel:

- Mãe, por que me ligou tão tarde?

- Nada especial. Só quero te dizer que eu vou voltar para o país no mês que vem para prestar luto aos seus avôs - respondeu Virgínia.

Mas já no próximo segundo, ele pegou o cobertor e foi ao banheiro, como se nada tivesse acontecido.

Depois de tomar duche, viu o celular vibrando na mesa.

Raviel pegou o celular ao ouvido enquanto secava o cabelo:

- O que se passa?

- Presidente, sua previsão é certa. Eduardo realmente quer a terra de túmulo de Sr. Ernesto.

Raviel semicerrou os olhos:

- Qual é o objetivo dele?

- Segundo dizem as pessoas que eu mandei para fazer sondagem, parece que há uma mina de cristal no subsolo.

- Mina de cristal? - Raviel suspendeu o movimento da mão e zombou:

- Afinal é por causa disso. Fica de olhos neles. Se eles ousarem mais colocar a mão nessa terra de túmulo do avô, então corta as mãos deles!

De jeito nenhum ele deixa alguém mexer no túmulo do avô!

- Entendi! - Saymon endireitou o corpo.

Raviel jogou a toalha na mão:

- Mais alguma coisa?

- Mais uma coisa sim, mas não tenho certeza - Saymon disse de forma hesitante. - Segundo nosso pessoal que está vigiando Eduardo no estrangeiro, foi perdida a pista de Eduardo nos últimos dias. Adivinho que ele deveria ter voltado para o país e se escondido em algum lugar.

- Encontre ele, então! - Um brilho afiado passou pelos olhos de Raviel.

- Tá! - Saymon retornou.

Após a ligação, Raviel pegou o cobertor no sofá e caminhou para o apartamento vizinho.

Andreia estava lavando o rosto para Giovana. Ouvindo o toque de campainha, ela gritou para a direção do banheiro:

- Daniel, a mamãe estava ocupada agora. Abra a porta.

- OK. - Daniel largou o Cubo de Rubik, desceu do sofá e correu para a entrada.

Ao ver o homem fora da porta, ele ficou boquiaberta por causa de surpresa:

- Titio Ravi, por que é que você veio?

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