Daniel ainda estava com soluços, e antes que ele dissesse, Amélia, que ficava de pé fora do carro, tomou a iniciativa de pedir as desculpas:
- Sinto muito, Srta. Andreia, foi minha culpa. O zíper de minha roupa torceu o cabelo de Dani.
- Cabelo? - Andreia tocou o topo da cabeça de Daniel, virou-se para olhar e viu alguns fios de cabelo curtos pendurados no zíper das roupas de Amélia.
A cuidadora continuou se desculpando e disse:
- Sinto muito, Srta. Andreia, não fiz de propósito, eu...
- Imagina! - Andreia disse com relutância para interrompê-la. - Eu acredito que você não quis fazer isso.
O zíper tinha dentes densos, quaisquer pequenos pelos podem ser torcidos.
Então isso parece ser um acidente né?
A cuidadora ficou feliz, cruzou as mãos e disse:
- Obrigada, Srta. Andreia.
- Está tudo bem. Pode voltar. Devemos ir também - Andreia deu um tapinha no ombro de Daniel e apontou para o banco do carro, indicando que ele se sentasse mais perto do outro lado.
Ele moveu sua bunda e sentou-se do outro lado.
Andreia foi fechar o porta-malas, entrou no carro e disse o endereço ao motorista.
Enquanto o táxi ia embora, Amélia ergueu a mão e enxugou o suor frio na sua testa; em seguida, abaixou a cabeça e removeu com cuidado o cabelo do zíper, tirando uma pequena bolsa selada de seu bolso, abrindo-a e colocando o cabelo para dentro.
Depois de fazer isso, um homem vestido como guarda-costas foi até ela.
A janela do carro se baixou e o guarda-costas virou a cabeça, usando óculos escuros e perguntando sem expressão:
- Onde está o cabelo?
- Aqui está - Amélia passou a bolsa lacrada.
O guarda-costas estendeu a mão para pegá-lo com seus olhos por trás dos óculos de sol brilhando, então ele fechou a janela do carro e saiu.
Meia hora depois, o guarda-costas chegou ao hospital de Wagner.
Kristofer já estava esperando no consultório e, além dele, também estavam Raviel e Bia.
- O cabelo! - Vendo o guarda-costas entrando, Kristofer se levantou.
O guarda-costas olhou para Raviel, vendo que Raviel acenou, entregou a bolsa selada.
Kristofer pegou o cabelo, deu uma olhada e caminhou rapidamente até o armário bioquímico e tirou a amostra de sangue de Raviel.
- Ok, não vou mais te acompanhar, vou fazer a teste. - Kristofer empurrou os óculos e saiu do consultório.
Bia olhou para as costas dele, levantou os cantos da boca um pouco; mas rapidamente voltou a normal, como se fosse apenas uma ilusão agora.
- Ravi, para quem Kris vai fazer um teste de paternidade? - Bia sentou-se ao lado de Raviel, colocou a mão no braço dele, esfregou a parte onde o sangue foi tirado com o polegar e perguntou em voz baixa.
- Não sei - Raviel retirou a mão dela e se levantou, arrumando as mangas; mudando de assunto, ele disse:
- Você terá alta em breve, que presente você quer?
Sabendo que Raviel não queria responder, Bia ficou um pouco triste, mas ela ainda sorriu e disse:
- Eu quero um piano, você sabe, quando eu sofri um acidente de carro há dez anos, ganhei o campeonato internacional juvenil de piano. Eu quero praticar piano novamente.
- Ok - Raviel acenou com a cabeça e concordou com ela -, vou mandar Saymon ir ao exterior para comprar um para você.
- Obrigada, Ravi - Bia ficou muito feliz, levantou-se e o abraçou por trás; ela colocou o rosto nas costas dele enquanto fechou os olhos, demonstrando um profundo apego por ele.
Raviel não esperava que ela o abraçasse de repente, e esse seu comportamento repentino deixou seu corpo se tornar rígido de repente. Ele se sentiu um pouco desconfortável, mas não a afastou. Depois que Bia a soltou Raviel só pôde afrouxar um pouco seu corpo.
Neste momento, uma batida na porta soou. Raviel e Bia olharam para a porta.
A enfermeira parou do lado da porta segurando um porta-registros médicos, sorriu para os dois e disse:
- Presidente Ravel, é hora do exame de Srta. Bia.
- Tá bom - Raviel acenou para Bia.
Bia estava um pouco relutante segurando seu braço, e disse:
- Ravi, não quero exame, esses exames são muito dolorosos para mim.
- Eu sei, mas é tudo para seu próprio bem. Haja paciência! Faça o exame - Raviel levantou a mão e a ajudou a ajeitar a peruca dela.
- Eu sei, mas e daí? Eu nunca tive amor por Bia. Você sabe do motivo que eu cuido ela muito bem sem condições! - Raviel endireitou o colarinho e disse sem expressão.
Kristofer ficou congelado por uns minutos e demorou um tempo para dizer alguma palavra:
- Mas Bia já te espera há dez anos.
- Eu tenho que aceitar ela apenas porque me esperou por dez anos? Você também espera por ela há dez anos, e ela sabe disso, mas ela aceita seu amor? - Raviel disse olhando para ele com frieza.
Os olhos de Kristofer tremeram e ele deu um sorriso irônico, dizendo:
- Tá bom, não falamos nisso mais. Eu sei o que você queria dizer. Não vou te impedir de namorar Andreia, mas você não pode deixá-la saber que você está apaixonado por outra antes de ela ter alta. Temo que Bia não pudesse aguentar um estímulo mental assim.
Raviel ergueu ligeiramente o queixo e concordou.
De repente, o celular em seu bolso tocou.
Raviel o pegou, olhou para trás e colocou no ouvido, dizendo:
- Qual é o problema?
- Presidente, você se esqueceu? Você tem uma reunião na Associação de Design hoje - Saymon o lembrou.
Ao ouvir, Raviel esfregou um pouco as sobrancelhas. Ele realmente se esqueceu desse assunto!
- Você vem me pegar, e eu vou participar - Raviel ordenou.
- Claro, senhor - Saymon respondeu.
Raviel desligou a chamada, virou-se e saiu do hospital.
O lugar de reunião ficava no prédio de escritórios da Associação de Design. Saymon estacionou o carro na vaga em frente ao prédio e rapidamente saiu do carro para abrir a porta para Raviel.
Quando Raviel saiu do carro, viu um táxi amarelo se aproximando à distância e finalmente parou ao lado dele.
Quando a porta do carro se abriu, os pezinhos pisaram para fora do carro com um salto alto de oito centímetros de altura, muito elegantes; e as panturrilhas eram extremamente esbeltas.
Só de olhar para aquelas panturrilhas, as pessoas queriam ver se o rosto da dona era tão perfeito quanto as panturrilhas
Logo apareceu a dona das panturrilhas, que tinha um rosto lindo assim como sua formosura deslumbrante para cachorro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mais do que paquera
Esse final não condiz muito com a estória, parece que está faltando páginas...
E Levi segue de otario na estória, Erika não tem responsabilidade afetiva nem por ela mesma vai ter por Levi?? E pra quer pelo amor essa gravidez nesse relacionamento?? Futura abominação o filho desses dois. Só sinto por Levi, pois parece uma boa pessoa....
Relacionamento muleta não dá certo, uma hora as muletas quebram 🤔...
Que a Erika é uma protagonista sem amor próprio já estava claro no decorrer da estória, mas fico me perguntando qual a intenção da autora com essa gravidez de um psicopata??? Uma Bia no futuro??? Não porquê se nascer com todo o genes do pai, será mil vezes pior que a Bia. Muito sem noção e totalmente desnecessária essa inclusão de gravidez para uma protagonista submissa a relacionamento abusivo. E ainda criou um otario para o felizes para sempre!! Isso é fazer o leitor de palhaço 🤡 🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡...
É muito surreal e depreciativo criar e desenvolver uma protagonista que toma decisões da forma que a Andreia está fazendo, É a mesma coisa de chamar as mulheres de burras e sem noção da realidade...
Já li livros com protagonistas burras, mas igual essa Andreia nunca. Por mais que faça parte do mistério do livro é até uma ofensa às leitoras esse enredo de uma personagem sem noção do perigo para ela e para os filhos se colocando nas mãos de um louco....
Meu Jesus, me desculpe a autora mas a Andréia é muito negligente como mãe. Como deixar duas crianças de menos de 05 anos sozinhas??? E isso está ocorrendo desde o início do livro Ela ainda queria ficar no hospital deixando as crianças com fome Que mãe é essa em!...
O livro parece interessante mas os desencontros está ficando cansativo...