Lugar para você (Alana e Enzo) romance Capítulo 942

“Por que não me dá o carro e eu dirijo de volta?”, Ângela perguntou com coragem.

O rapaz não ia concordar. Afinal, ela não tinha a habilidade de lidar com as estradas íngremes e perigosas da montanha.

“Não”, ele recusou.

Nesse momento, o céu ficou nublado. Estava claro que logo começaria a chover. E, de fato, a chuva começou a cair de repente na cabeça dela, fazendo com que cobrisse a cabeça com a mão.

“Entre logo no carro”, ordenou o homem no carro com a voz baixa. Ela está tentando ficar encharcada novamente depois de ter acabado de se recuperar da febre?

Contrariada pelo clima inconstante, Ângela caminhou até o banco do passageiro antes de abrir a porta e entrar sem dar um olhar sequer para o homem no banco de trás.

Dentro do carro, ficou silencioso, isolado da chuva lá fora. Os pensamentos de Ângela estavam uma bagunça completa, e todos os seus sentidos estavam focados no homem no banco de trás enquanto ouvia o som dele digitando no teclado e seus pequenos suspiros.

“Você não deveria estar em uma missão? Por que ainda está aqui?”, ela perguntou com raiva.

“Achei que você não queria me ver?” Richard fixou o olhar na tela, perguntando sem levantar a cabeça.

“Só disse que não deveríamos nos encontrar. Não quis dizer que deveria ser expulso da base.” Ângela se perguntava se ele tinha passado os últimos dias na cidade. Onde ele dormiu? Como foram as refeições dele? Ficou o tempo todo no carro? Ao pensar nisso, virou o rosto para lhe lançar um olhar angustiado, mas viu que sua camisa estava limpa e arrumada, e não parecia ter dormido no carro.

Ele não falou, mas a jovem sentiu que sua boca estava ficando um pouco seca, e queria beber água. Então perguntou: “Tem água no seu carro?”

Richard estendeu a mão e pegou um copo no compartimento de armazenamento da porta do carro e entregou-o. Quando ela viu que era o copo dele, subitamente ficou tensa por alguns segundos. “Eu estava falando de água mineral.”

Com suas palavras, o homem ergueu as sobrancelhas, franzindo a testa. “Não tenho.”

Por que ela estava recusando o copo dele? Ela não tinha bebido do copo dele quando estava no quarto dele?

No entanto, a jovem pegou o dinheiro e saiu do carro na chuva para comprar água. Depois de um tempo, voltou com uma garrafa de água e o troco. Seus cabelos ficaram molhados, e ajeitou os cabelos compridos antes de abrir a garrafa e beber.

O rapaz conseguia ouvir o som dela bebendo água e de repente sentiu uma atração inexplicável que o fez sentir calor. Olhou para cima e viu o pescoço dela, fino e pálido, levemente inclinado, o que o fez querer se transformar em um vampiro e dar algumas mordidas.

Ângela podia sentir que o homem atrás dela a estava olhando. Depois de terminar de beber, virou a cabeça e perguntou: “Quando vamos partir?”

“Quando a chuva der uma trégua”, ele respondeu.

“Se não partirmos em breve, vai escurecer, e as estradas da montanha ficarão mais difíceis de atravessar. Se não quiser dirigir, deixe-me dirigir”, Ângela estava ansiosa para dirigir, pois tinha uma carteira de motorista há cerca de cinco anos e estava muito confiante.

“Não.” O homem fechou o notebook, recusando-se a deixá-la dirigir.