Lugar para você (Alana e Enzo) romance Capítulo 1276

“Espera aí. Tenho algo para te dizer.” Natan impediu Kelly de sair.

A moça ficou surpresa e começou a se questionar. Ele não disse nada durante o caminho, então o que isso quer dizer agora?

“O que é?”, perguntou, piscando os olhos.

“Chegue mais perto.”

Kelly inclinou o corpo para mais próximo em um gesto de submissão, e o rapaz fez o mesmo para diminuir a distância. Quando seus rostos estavam tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro, ela piscou com seus longos cílios, surpresa.

Naquele momento, ele estendeu a mão e tocou a parte de trás de sua cabeça antes de inclinar-se para beijá-la com carinho, mas com uma pegada dominante. Seus lábios se curvaram enquanto a jovem permitia o beijo e, tímida, retribuiu a afeição.

Então, num tom suave, disse: “Gosto de você.”

Será que ele me beijou de propósito para transmitir essa mensagem? Então, se não nos beijarmos, não vai dizer?

“Eu sei, e também gosto de você”, confessou a moça. Era uma declaração pretendia fazer a ele há algum tempo.

“Não se esqueça de pensar o quanto vai sentir minha falta esta noite”, disse Natan.

“Tá certo, eu vou.” Empolgada, Kelly saiu do carro.

Ela aguardou à porta por um tempo, notando o rapaz acenando para que entrasse antes de partir. Mesmo assim, preferiu esperar até vê-lo se afastar antes de atravessar o portão, sentindo um alívio quando por fim o viu partir. Somente então, com um sorriso no rosto, adentrou a casa.

Após um momento de reflexão, percebeu que poderia usar a identidade da Bruna Souza para fazer o que quisesse. De qualquer forma, apenas Elise sabia a verdade sobre sua identidade.

Na Residência Macedo, Brenda não pôde deixar de ficar chocada ao receber uma mensagem de um amigo informando que seu filho havia agredido alguém. Como poderia ter batido em alguém? Percebeu que fazia vários dias desde a última conversa deles, pois evitava ligar em respeito ao seu trabalho. Neste momento, não hesitou em pegar o celular e discar o número.

“Oi, mãe.” Uma voz sonolenta soou.

“Natan, por que agrediu alguém ontem à noite?”, perguntou Brenda ansiosa.

“Ah, nada. Somente não gostei dele. Por quê? Ele veio para nossa casa?”, indagou Natan.

“Não temos certeza se virá para nossa casa, mas você não deveria tê-lo agredido ontem. Mesmo que não goste, é melhor manter distância. Por que sentiu a necessidade de atacá-lo?” Brenda fez uma leve repreensão.