Felipe
Após a saída de Gustavo, pensei muito e decidi que o melhor era não ir. Melhor esperar as coisas se acalmarem, senão irei complicar ainda mais a minha situação e em relação a Allana, nossa conversa ainda não terminou.
Continuei por aqui, bebendo meu uísque e pensando nela. Aliás, desde que a conheci, é a dona dos meus pensamentos. Um sorriso surgiu em meu rosto ao lembrar de suas palavras… Enfim ela assumiu!
Estávamos num momento só nosso, tão próximos e conectados pelo prazer… mas tinha que ser o meu futuro cunhado para estragar! Agora não tenho muito o que fazer, porém, preciso falar com ela.
Ao enviar três mensagens e não obter resposta, decidi ligar por vídeo-chamada. Chamou até cair e ela não atendeu…
— Mas que mërda! Onde eu tô errando com essa mulher?! — Desabafei um pouco alterado e joguei o celular na cama.
Fui tomar banho e ao sair do banheiro, peguei o celular e havia uma mensagem de Allana.
"Hoje não, Felipe! Amanhã conversamos."
Respirei fundo e fui dormir.
…
Na manhã seguinte acordei no horário certo, me arrumei, tomei café e saí. Como tinha uma reunião marcada para o primeiro horário, não perdi tempo e fui para a empresa e direcionei-me para a sala de reuniões.
Depois de quase duas horas resolvendo assuntos financeiros, enfim seguimos para nossas devidas funções. Entrei em meu escritório e comecei a trabalhar. Passado algum tempo, Caio bateu na porta e já entrou.
— Que cara é essa? — Perguntou sentando-se em minha frente e eu apenas mexi os olhos, o encarando, então ele continuou. — Não, espera! Deixa eu adivinhar… Allana?!
— Exato! — Afirmei escorando o cotovelo na mesa e esfreguei a mão na testa e ele ficou curioso.
— Mas o que foi dessa vez?
— O Gustavo nos pegou juntos no meu apartamento. — Contei e ouvi uma gargalhada.
— Eu não acredito nisso! Püta que pariu, que mancada, cara! — Exclamou e riu novamente, mas eu permaneci sério.
— Eu não estou achando graça!
— Ah, você vai me desculpar irmão, mas não tem como não rir ouvindo isso. Imagina o Gustavo, ciumento do jeito que é, pegar você com a irmã dele, trancados no seu apartamento?! Não sei como você sobreviveu... — Era nítido que ele estava tentando conter o riso.
— É... na verdade nem eu sei! Ele ficou muito putø. — Comentei, lembrando-me da expressão de Gustavo.
— Também… não é pra menos, né?! Queria ver se fosse com uma de suas irmãs.
— Foi o que ele disse… — Dessa vez nem eu consegui segurar e acompanhei a risada.
— Então vocês estão juntos?
— Essa é outra questão complicada! — Inspirei, coçando a cabeça e o mesmo ficou intrigado.
— Como assim?
Me preparei para começar a contar e meu celular que estava em cima da mesa, começou a tocar. Na tela vi o nome de Allana, o que me deixou surpreso e no mesmo instante olhei para o Caio.
— É ela!
— Vou sair para você atender! — Anunciou se levantando e eu concordei assentindo, então ele me deixou sozinho.
— Bom dia! — Atendi sendo um pouco indiferente e decidido a não continuar insistindo.
— Bom dia! — Ela respondeu com voz de sono e em seguida, interrogou. — Você está bem?
— Sim, tudo bem! Como foi a viagem?
— Tranquila!
— Que bom… Fico feliz!
— Felipe!!! Nós mal começamos! — Exclamou e rimos.
— É brincadeira… mas olha só, ficou dificultando tudo e agora eu quero te ver e não posso!
— Calma! Um mês passa rápido…
— Pra mim, será como um ano!
— Como você é exagerado! — Mencionou calma, e sua voz doce mexeu com a minha imaginação
— Ontem foi tão gostoso passar a tarde toda junto contigo… bom, quase toda! Seu irmão tinha que chegar e atrapalhar. — Falei e ela riu.
— Mas também, a culpa foi sua que esqueceu do compromisso com ele.
— Sim, eu tenho um pouco de culpa mesmo.
— Um pouco? — Ela me pressionou e eu não tive escolha a não ser assumir.
— Está bem! A culpa foi minha! — Nós rimos. — Ele ficou muito bravo com você?
— Não… disse que estava decepcionado porque não confiei nele quando me perguntou, mas já conversamos e está tudo bem.
— Que bom! Não gostaria que ficassem mal por minha culpa, mas agora esquece o meu cunhado.
— Ok! Quer falar sobre o que então?
— Sobre nós! Você me deixa louco, sabia?! Eu quero te ver logo! Quero terminar o que começamos! — Falei e a reação dela me deixou confuso.
— Ah não! — Ela parecia preocupada e calou por um momento, mas rapidamente continuou. — Felipe, depois conversamos… Eu tenho que desligar.
— Allana, espera! — Chamei seu nome e ouvi a ligação sendo encerrada.
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