Loucos Por Ela romance Capítulo 31

Continuação….

Felipe

— Obrigado! É o que eu mais quero!

Pensei bem e optei por não falar que ela é a dona de meu coração, pois não quero que rejeite minha companhia e depois de tudo que ouvi, acho que é exatamente o que ela faria. Em resposta, ela apenas sorriu e em seguida se levantou.

— Vou tomar um analgésico, minha cabeça está doendo. Quer um? Acho que você vai precisar…

— Eu aceito!

Permaneci no mesmo lugar enquanto ela foi até a geladeira e voltou trazendo-me um copo de suco e um comprimido.

— Aqui está!

— Obrigado! Está se saindo uma ótima enfermeira, viu?! — Nós rimos e eu engoli o remédio.

A conversa estava tão agradável que nem vimos a hora passar e quando nos demos conta, já passava do meio dia. A convidei para irmos almoçar, mas ela disse que não queria sair porque estava com receio de encontrar Igor, então liguei no restaurante e pedi comida.

Não demorou muito e o pedido chegou. Desci para receber, nós comemos e depois limpamos a cozinha, já que ela deu folga a empregada que está com o filho doente. Sentamos na sala novamente e o celular dela não parava de tocar.

— Insistente, né?!

— Nossa, demais! Vou ter que bloqueá-lo.

— Faça isso ou não terá tranquilidade. — Ela mexeu no aparelho e em seguida colocou na mesinha ao lado.

— Pronto! — O telefone começou a tocar novamente e eu fiquei confuso.

— Tem certeza que bloqueou? — Ela assentiu.

— Sim! Agora é o meu irmão.

— Não vai atender? — Perguntei ao ver que ela o deixou no mesmo lugar.

— Não! Ele está ligando em vídeo chamada e eu não posso deixar que vejo meu pescoço assim.

— Você não acha que deveria contar para ele?

— De jeito nenhum! Ele viria para o Rio hoje mesmo e eu não quero mais brigas… já basta você com esse machucado por culpa minha.

— Pode parar de se culpar! Igor só teve o que mereceu e quanto a isso… — Levei a mão até o corte. — São apenas consequências.

— Mas não deveria ter acontecido!

— Por favor, pare! — Pedi e ela me olhou em silêncio. — Não se preocupe mais com isso ou eu ficarei chateado! Pode ser?

— Vai ser difícil, mas vou tentar… prometo!

— Ótimo! — Ela sorriu e novamente o toque do aparelho ecoou no ambiente. — Melhor atendê-lo… ele não vai desistir!

— Pior que não vai mesmo! E já deve estar doido porque não atendi.

— Eu ia dizer isso! — Nós rimos.

— Vou enviar uma mensagem alegando que estou ocupada e depois retorno… ao menos assim ele desiste.

— Bom… já sabe minha opinião, mas eu respeito sua decisão!

— Obrigada! — Ela enviou a mensagem para o irmão e conectou no carregador. — O que acha de assistirmos um filme?

— Não sabe como me alegra ouvir isso! — Percebi que a deixei constrangida mas rapidamente ela mudou de assunto.

— Aceita um uísque? — Indagou chegando até o bar.

— Claro que sim! Você me acompanha?

— Com certeza. — Afirmou e voltou com os dois copos e me entregou um. — Vamos até a varanda tomar um ar fresco? Estou precisando.

— Eu ia propor a mesma coisa! — Outra vez o celular dela tocou.

— Agora eu vou ter que atender… já vou lá com você.

— Sem pressa!

Segui para o local e ao me aproximar do vidro de proteção, vi o carro de Igor parado do outro lado da rua. Encostei-me, virando de frente para a porta de acesso e logo ela se juntou a mim.

— Aconteceu alguma coisa? Parece preocupado… — Interrogou ao beber um pouco do líquido e eu tentei disfarçar.

— Não… está tudo bem! Deve ser impressão sua! Mas e aí, conversou com seu irmão?

— Sim… tive que inventar outra desculpa para que ele não tentasse mudar a chamada para o vídeo, mas não sei se ele engoliu.

— E o que foi que você disse?

— Que estava no trânsito… — Caminhou tranquilamente em minha direção e quando vi que ela iria olhar para baixo, virei o copo, bebendo tudo de uma vez e segurei em sua cintura, aproximando nossos corpos, para que não concluísse o percurso.

Seus belos olhos azuis encararam os meus e sua respiração irregular, entregou que ela estava tensa… estávamos tão próximos que pude senti-la tremer! O perfume suave de sua pele aguçou meus instintos, fazendo-me desejá-la cada vez mais perto, mas minha mente gritava que eu não devia… o olhar dela vacilou quando pude senti-lo pesar sobre meus lábios e nesse momento voltei a realidade, colocando-me em meu lugar ao soltá-la devagar.

— Pode me servir outra dose, por favor?

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