Loucos Por Ela romance Capítulo 16

Continuação…

Felipe

Já era noite quando resolvi sair um pouco. Tomei banho, me arrumei e desci. Ao chegar no estacionamento, vi o Igor dentro de seu carro com o celular no ouvido. Desviei. Não quero ter que vê-los juntos, embora saiba que preciso me acostumar com isso.

Saí dirigindo sem destino certo e ao ver o quiosque bem movimentado, estacionei e fui até lá. Sentei em umas das mesas da área externa e pedi uma bebida.

O tempo foi passando e eu já havia bebido algumas doses, mas Allana permanecia em meu pensamento. Peguei o celular para ver as horas e ao erguer a cabeça novamente, me surpreendi.

— Oi, Fe… — Era minha secretária.

— O que quer, Camila?

— Credo… não vai nem me convidar para sentar? — Apontei a cadeira e ela sentou-se. — Não me oferece uma bebida? — Chamei o garçom e a mesma pediu um martini.

— Como soube que eu estava aqui?

— Eu não sabia! Sempre venho aqui e quando cheguei, te vi e decidi cumprimentar.

— Entendi.

— O que faz aqui sozinho?

— Vim apenas dar um voltar, mas já vou embora.

O rapaz voltou trazendo a bebida solicitada e a essa altura eu já não estava mais enxergando direito... Olhava para Camila e via Allana e aos poucos ela foi se aproximando e começou a beijar meu pescoço.

— E por que não vamos juntos para o seu apartamento? — Propôs enquanto acariciava meu rosto.

— Eu não sei se é uma boa ideia.

— Huuumm… por que não? — O gemido em meu ouvido, me fez arrepiar.

— Porque você confunde muito as coisas e eu não quero ter que sempre continuar te lembrando que nosso lance não passará disso.

— Prometo que não vou confundir mais. Vai, Fe… vamos… sei que você quer tanto quanto eu! — Sua mão alisou meu pau por cima da bermuda e eu a repreendi.

— Camila, comporte-se! Nós estamos em público.

— Eu não me importo e só vou parar quando você disser que aceita minha proposta.

Confesso que é difícil resistir a ela! Além de ser uma gata, transä muito bem e sempre está comigo no quesito sexo e levando em conta que com Allana não terei chances, não tenho nada a perder.

— Está bem, vamos… mas pare com isso, não estamos sozinhos! — Ela me beijou e em seguida sorriu.

— Sabia que não resistiria!

Paguei a conta, deixamos o local e seguimos para o meu apartamento.

Acordei de manhã e percebi que estava sem roupa, ao olhar para o lado, vi Camila dormindo e só então me lembrei do que aconteceu. Fui para o banho e quando voltei ela estava sentada na cama enrolada no lençol.

— Bom dia!

— Bom dia, bebê! Vai sair?

— Mais tarde.

— Então vamos tomar café juntos!

— Camila, você prometeu que não ia confundir as coisas.

— Mas é só um café da manhã, Fe!

— Não, isso é programa de casal. Tome banho e vai para sua casa, tá?!

— Tá ok, mas não vai me ignorar mais, né?! Você sabe que ninguém vai te satisfazer como eu.

— Porque não temos tempo, mas você sabe que no início eu que era a modelo…

— Eu também não tenho tempo. — Usei sua frase contra ela.

— Você tem todos os finais de semana livres, Fe!

— Mas eu já tenho a empresa e além disso, não gosto nada dessa história de ser modelo… não levo jeito para isso! Procurem alguém para esse trabalho e não contem comigo.

— Teimoso! Mas tudo bem, sei que ainda vou te convencer! — Exclamou revirando os olhos e eu não contive o riso.

— Uhum, tá bom! — Proferi, tentando retomar a postura.

Logo chegamos na casa de nossos pais, Ayla cumprimentou a todos e foi se trocar para o almoço. Fiquei no sofá com meu pai e Kate, enquanto minha mãe terminava de dar as últimas ordens aos empregados e em seguida, foi a vez do Caio adentrar, poucos minutos depois, Fabrício.

Como os dois não se dão muito bem, achei melhor evitar a proximidade deles até a hora de sentarmos à mesa. Disse ao meu amigo que precisávamos conversar e ele rapidamente entendeu o recado. Pedimos licença e fomos para o jardim.

— Graças a Deus você me tirou de lá! Não suporto o Fabrício me encarando sem parar. Acho que ele lembra mais de mim do que a própria Ayla. — Foi impossível segurar a gargalhada diante de tal comparação.

— Relaxa cara, vamos tomar alguma coisa. — Seguimos para o bar externo, servi duas doses de uísque e entreguei um copo a ele. — Falou mais com a Pâmela?

— Não… ela não quis assim? Agora quem não quer mais sou eu!

— Tem o meu apoio, irmão! — Dei um gole na bebida e ele perguntou.

— Mas e você, como está?

— Igual! Ontem encontrei Camila e acabamos dormindo juntos.

— Vocês não tem jeito mesmo! — Sorrimos e ele então perguntou. — Mas e em relação à Allana?

— Vou tentar esquecê-la, irmão!

— Eu acho difícil… — Meu amigo sinalizou com a cabeça, orientando que eu olhasse para trás e foi a vez dele engolir a bebida.

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