Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 33

A pergunta me pegou de surpresa, mas eu sabia que precisava falar mais sobre mim.

- Nós... Vamos tentar encontrar suas coisas? Ou voltar para casa?

- Para casa? – ele riu sarcasticamente – Quem dera fosse “nossa casa”. Esta frase doeu pra caralho. Porque sei que amanhã estaremos separados e talvez nunca mais nos encontremos novamente.

- Não... Isso não vai acontecer. Vamos voltar... E conversar... E aproveitar nossas últimas horas neste paraíso...

- Em casa... – Ele balançou a cabeça e sorriu tristemente.

- Em casa. – Repeti, tentando parecer confiante.

Ele me ajudou a subir na moto e colocou nossos capacetes, desistindo oficialmente de encontrar seus pertences. Eu no lugar dele estaria mais preocupada, o que não parecia ser o caso de Charles.

Sentindo o vento morno de encontro a nós, a estrada completamente deserta, tendo a lua cheia dando um espetáculo gratuito e as estrelas em volta, como se estivessem a aplaudir, senti as lágrimas descendo pelos meus olhos, sem serem convidadas, me surpreendendo.

Eu já sofria por antecedência a partida. E sabia que não importava o que acontecesse nem quanto tempo passasse... Jamais esqueceria as noites de verão que passei ao lado de Charles naquela praia.

Assim que chegamos de volta na casa, respirei fundo e torci para que ele não percebesse que eu havia chorado. Charles me ajudou a descer e pegou as sacolas, enquanto nos encaminhávamos para dentro.

Assim que entramos, ele fechou a porta e pôs as sacolas sobre a ilha da cozinha, retirando as coisas de dentro.

Fiquei a observá-lo, sentindo meu coração bater descompassado e ao mesmo tempo doloroso.

- Como se sente? Ainda dói muito? – Perguntou.

- Um pouco...

- Eu trouxe a pomada junto – Ele sorriu, retirando-a da sacola.

- Roubou a pomada da caixa de primeiros socorros do posto? – Arqueei a sobrancelha.

- Você é uma fugitiva... Eu um homem sem dinheiro nenhum, sequer celular. Queria que eu fizesse o que? Jamais a deixaria sofrer com esta porra na perna.

- De cada dez palavras que sai da sua boca, creio que seis sejam palavrões.

- Você não fala palavrões? Pensei ter ouvido que “foda” era sua palavra preferida. – Debochou, enquanto colocava as cervejas na geladeira.

- Sim, foda é minha palavra preferida, somente saindo da sua boca. Senão é um palavrão horrível.

- De inocente você não tem nada, garotinha.

- E você gosta disso...

- Eu gosto... Muito – Ele confessou, vindo na minha direção e colocando-me sobre a mesa gelada.

- Tira a minha roupa, “el cantante”. – Apoiei os cotovelos na mesa e deitei um pouco, elevando a cabeça, encarando-o enquanto abria as pernas sobre a superfície em mármore.

Charles abriu meu short e retirou-o habilidosamente, deixando a calcinha. Não conseguindo esperar, retirei a blusa, ficando com os seios nus.

- Você não cansa nunca, minha menina?

- Não... Não de você. – Puxei-o com minhas pernas, admirando o sorriso perfeito em sua boca.

Charles se livrou da jaqueta e em seguida da camiseta. Observei seu peito nu e imediatamente minha boceta umedeceu. Ele andou pela cozinha, só de jeans, pegando o espumante e a tequila, uma em cada mão.

- Vai me embebedar, “el cantante”?

- Você quer ser embebedada?

- Não me convida, “el cantante”? – Provoquei.

- Abra a boca. – Ordenou.

Abri a boca e ele derramou o líquido nela, que engoli, sentindo descer queimando a garganta e chegar no estômago, como que ateando fogo em todo meu corpo.

- Mais... – Falei, lambendo os lábios.

Ele bebeu no gargalo novamente e levantei meu corpo, sentando sobre a mesa, as pernas envolvendo-o. A boca de Charles encontrou a minha e ele me deu mais tequila, me oferecendo junto sua língua. Engoli, sentindo o fogo e ao mesmo tempo o doce do espumante nos lábios dele.

Eu estava completamente encharcada e doce, a pele úmida e pegajosa. Suguei a língua dele e desci as unhas por suas costas, abafando o gemido masculino e intenso com a minha boca.

Me afastei dele e peguei a bebida de fogo, tomando um grande gole e guardando o restante na boca, para ele, que bebeu até a última gota.

Quando os lábios dele desceram pelo meu pescoço e uma das mãos foi direto ao meu seio enquanto a outra começou a me estimular sobre a calcinha, falei:

- Eu... Posso gozar em pouco tempo...

- Não... Sem gozar, amor.

- Não vou conseguir.

- Eu sei que consegue...

Joguei a cabeça para trás, deixando o pescoço completamente livre para ele, enquanto me escorava na mesa.

Charles desceu os lábios alternando entre beijos e leves chupões até meus seios, que literalmente lambeu cada centímetro de pele, saboreando todo o líquido doce e alcoólico que me envolvia.

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