Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3913

Os documentos que precisavam ser assinados continuavam pendentes.

Os membros do Grupo Romero tinham que esperar, então Ivone também precisava aguardar.

Dias atrás, durante uma reunião da alta diretoria, Ivone explicou com seriedade por que havia escolhido colaborar com o Grupo Romero em um projeto tão importante. Naquele momento, alguns concordaram, outros expressaram dúvidas; ela apresentou seu planejamento e garantiu, com convicção, que o projeto seguiria conforme o previsto.

No entanto, quase uma semana se passou e não houve qualquer progresso. Outros funcionários já haviam começado a comentar a situação nos bastidores.

À tarde, Ivone foi ao escritório de Rodrigo levar alguns documentos. Depois de bater à porta e entrar, viu que Rodrigo estava ao telefone.

O homem mantinha a cabeça levemente abaixada e falava com uma voz suave: "Não vai voltar pra casa? E eu, como fico?"

Enquanto falava, Rodrigo batucava inconscientemente com a caneta sobre os papéis na mesa. O tom de voz, normalmente grave, tornou-se um pouco mais leve, com um toque de carinho suplicante.

Ivone imediatamente baixou os olhos e ficou de pé, respeitosa, aguardando ao lado.

Rodrigo lançou um olhar pela janela. "Chovinha, eu vou te buscar!"

Do outro lado, parecia que Cecília disse algo, e Rodrigo acabou cedendo: "Tudo bem, mas vai dormir cedo. Se eu mandar mensagem, responda na hora."

Ivone também olhou pela janela e percebeu que, sem que notasse, o tempo havia mudado e começara a chover.

Naquela noite

A chuva se intensificou, e a cidade, coberta de reflexos d’água, ficou ainda mais surreal sob o brilho dos neons.

No último andar do Terra Azul, Juan segurava um taco de sinuca. Com uma tacada longa e precisa, encaçapou a bola número 3.

O gerente, vestindo um terno preto, aproximou-se com cautela, cabeça baixa e postura respeitosa: "Sr. Romero, a Srta. Prado gostaria de vê-lo!"

Juan se endireitou um pouco, ainda com o olhar fixo na mesa de sinuca. O brinco de obsidiana em sua orelha se destacava ainda mais contra a camisa branca.

Juan virou-se e, involuntariamente, estreitou os olhos. Era Ivone.

Ela não tinha ido embora.

Ivone segurava um guarda-chuva. Parecia já estar esperando há muito tempo sob a chuva; o vento molhara sua franja, e seu rosto, pálido, tinha um olhar ainda mais límpido e penetrante.

E cada vez mais lembrava alguém.

Juan parou, esboçando um sorriso discreto. "Srta. Prado, que coincidência!"

"Não é coincidência. Esperei por você aqui a noite toda!" Ivone vestia um trench coat, e o vento fazia o tecido esvoaçar, deixando-a ainda mais frágil e delicada.

"Tem algum assunto?" Juan fingiu não saber.

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