Felizmente, Vicente correu até lá, despertou Cecília e evitou o constrangimento dela ser vista por Rodrigo.
Os três foram até o estábulo escolher cavalos.
Rodrigo e Vicente já tinham seus próprios cavalos ali, então apenas Cecília precisava escolher um temporário.
Ela escolheu um pônei, o que rendeu muitas piadas de Vicente.
Cecília aceitou as zombarias com naturalidade. Ela gostava de estar no controle de tudo o que fazia e, em sua primeira vez montando, preferia ser alvo de piadas por escolher um pônei do que se arriscar em um cavalo maior, correr o risco de cair e passar vergonha, além de sofrer contusões.
Rodrigo, observando sua resolução e autonomia em relação aos demais, não pôde deixar de mostrar um raro sinal de admiração.
O pônei era bem obediente. Sob a orientação de um treinador profissional, até uma novata como Cecília conseguia montar e controlá-lo com estabilidade.
Rodrigo e Vicente montaram e esperaram por ela, e só quando ela se sentiu mais à vontade montando, eles partiram juntos.
Os três cavalgaram em um trote leve pela Rua de Passeio, ladeada por altos pinheiros, sob os quais cresciam flores de ipê e flamboyant.
Era o final da primavera, e a brisa carregava consigo pétalas que, ao tocar o rosto enquanto cavalgavam em uma velocidade crescente, não machucavam, mas provocavam cócegas suaves, proporcionando uma sensação de leveza e euforia tanto interna quanto externa.
Rodrigo ia à frente e ouviu Cecília e Vicente falarem algo, seguido pela gargalhada exagerada de Vicente.
Ele voltou o olhar para trás e avistou a moça no pônei, trajando uma camisa branca com calças de suspensórios pretas, cabelo preso alto, com o sol dançando sobre seus traços delicados. Sua expressão não era a de sempre, contida e humilde, mas sim desinibida e exuberante, dandu-lhe um brilho peculiar.
Por um instante, Rodrigo sentiu que aquela Cecília era a verdadeira Cecília.
Depois de cerca de dez minutos cavalgando, eles viraram em uma estrada asfaltada que terminava em uma vila.
Com um design de inspiração inglesa, estrutura meio de madeira, telhado triangular e uma chaminé elegante, com grandes janelas simétricas de cada lado da porta de madeira.
Havia um pequeno rio fluindo em frente à vila, com água corrente e cristalina. Seguindo pelo caminho florido, parecia adentrar um conto de fadas.
O empregado, sabendo que Rodrigo viria, já tinha preparado a churrasqueira, a vara de pescar, o balde e o guarda-sol que Vicente havia pedido...
Um veículo automovel apareceu no caminho oposto, e Rodrigo deu uma olhada antes de dizer a Vicente, "Vai pescar com o seu professor, que eu tenho que resolver umas coisas, depois a gente come o peixe que vocês pescarem."
Cecília sorriu, "Pode deixar que eu cuido bem do Vicente."
Vicente bufou, "Ainda não se sabe quem vai cuidar de quem!"
Rodrigo quase sorriu, caminhando em direção à pessoa que descia do carro.
Cinco minutos depois, a dupla entediada vestiu coletes à prova d'água, cada um segurando uma pistola d'água, olhando um para o outro sem expressão.
Vicente deu um sorriso zombeteiro. "Dou-te três segundos para correr!"
Cecília sorriu de volta. "Três segundos pra quê? Um segundo é mais do que suficiente."
Após dizer isso, ela fez um salto mortal para trás e disparou.
A pistola estava carregada com balas d'água, do tamanho de bolinhas de gude, com um alcance de até cinco metros. Ao atingir o corpo, as balas estouravam, não causavam dor, mas eram bem estimulantes.
Durante a meia hora seguinte, Cecília e Vicente percorriam o bosque, atacando ou fugindo.
Rodrigo havia acompanhado os convidados até a saída e, ao retornar, os dois haviam desaparecido.
Ouvindo um barulho vindo do bosque ao lado, ele caminhou em direção ao som.
Vicente tinha acabado de recarregar suas balas d'água e disparou em rajadas na direção de Cecília. "Saiam e enfrentem seu destino!"
Cecília estava escondida atrás de uma árvore de copaíba quando viu Rodrigo aparecer subitamente. Como se tivesse sido pega em uma armadilha, ela viu as balas d'água voando em direção a ele. Sem duas vezes pensar, lançou-se em sua direção, abraçou-o e usou suas costas como proteção para as balas que vinham em sua direção.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo
Um livro fantástico! Personagens fascinantes. A leitura torna-se uma dependência! Pena que não há sempre atualizações 😓...
já lí alguns livros chineses e koreanos, esse é o meu preferido. Amo Rodrigo e Ceci....
Esse Henrique é uma anta perde a Iracema...
Estou adorando essa história...
Oiê pessoal ...leia meu livro no Noveltoon A Herdeira e o Garçom. Se gostar ,comenta. É gratuito.bjua...
Acho que o avô da Ivone tem alguma coisa a ver com as questões lá daquele lugar onde o Sebastião está, é alguma vingança contra a Cecília. O Sebastião teve que ir pra lá e conversou com o Rodrigo antes de partir....
Qual capítulo que a nona sofre o acidente e perde a memória??...
Essa Ivone quer ficar com o Rodrigo ou será alguma vingança? Ela vai conseguir causar grandes problemas no relacionamento deles?...
Espero que tenha sido engano que marina morreu, pq esperei tanto pelo casal lindo e agora ela morre. Que fim péssimo! Melhor finalizar o livro e matar todos os casais....
Alguém pode me dá um spoiller, é verdade que a M morreu? Só sim ou não já basta pq não consigo me conformar com esse fim pra ela....