Os empregados já tinham arrumado a mesa e Cecília Ortega não teve outra escolha senão ficar. Aproveitando que o assunto tinha acabado de mudar de rumo, ela escapou apressadamente para o banheiro e respirou profundamente.
Teoricamente, ela era a legítima esposa de Rodrigo Navarra, então mesmo que a família Navarra descobrisse, não seria um problema. Mas ela se sentia culpada, tinha receio que a Dona Navarra percebesse alguma coisa.
Contudo, Rodrigo demonstrava em suas palavras e gestos, que não tinha medo de ser descoberto.
Cecília abriu a torneira, lavou o rosto e, ao abaixar os olhos, percebeu a porta atrás dela se abrir. Ela passou a mão pelo rosto e ao levantar os olhos, paralisou ao ver o reflexo de Rodrigo no espelho.
Rodrigo espreguiçava-se na porta de madeira, observando-a tranquilamente.
Cecília virou-se repentinamente, encarando-o com os olhos bem abertos. Como ele podia ser tão atrevido? Aquele banheiro ficava no térreo, e Dona Navarra e a Avó estavam lá fora.
Rodrigo foi se aproximando, sua figura grandiosa pressionando-a até que Cecília teve que se inclinar para trás. Com voz gentil, ele perguntou, “A senhora ainda não me respondeu professora Ortega. O que significa ter química?”
Cecília olhou para cima, o rosto coberto por gotas d'água, como pétalas de narcisos matinais cobertas de orvalho, acesas e transparentes.
Seus olhos, lavados pela água, eram claros e puros, mas também demonstravam nervosismo e irritação.
“Hmm?” Rodrigo se inclinou sobre a pia, olhando fixamente para ela.
A amplitude da situação tornou o ar do banheiro denso e Cecília falou baixinho, “Pare com isso, a Avó sabe que vim pra cá, não posso demorar muito!”
Rodrigo mordeu suavemente seus lábios úmidos e disse baixinho, “Só vou deixá-la sair se responder a minha pergunta.”
Cecília ficou pálida, as gotas de água rolavam por seu pescoço magro, e quando Rodrigo abaixou o olhar, sua expressão escureceu.
“Rodrigo,” ela falou suavemente.
Ele continuou beijando sua mandíbula, sem se abalar.
Cecília espiou a porta. Embora o vidro fosse fosco, Cecília tinha receio que alguém poderia olhar se passasse por ali.
“Cecília, você está aí dentro?”
Era a Avó Navarra.
Cecília respirou fundo e molhou mais o rosto com água fria antes de caminhar até a porta com calma.
A Avó sorriu, “Seu tio disse que você estava no banheiro lá de cima, mas não te achei lá, então desci para procurar.”
Cecília sorriu de volta, “O senhor Navarra deve ter se enganado.”
A Avó não se importou com isso e puxou Cecília em direção à sala de jantar, “Vamos, vamos almoçar!”
Quando Cecília sentou-se novamente, Rodrigo desceu do segundo andar e sentou-se bem na frente dela. Sua expressão era distante e seu porte, nobre. Ele comia com uma calma e elegância que se opunham fortemente com seu comportamento no banheiro momentos atrás.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo
Um livro fantástico! Personagens fascinantes. A leitura torna-se uma dependência! Pena que não há sempre atualizações 😓...
já lí alguns livros chineses e koreanos, esse é o meu preferido. Amo Rodrigo e Ceci....
Esse Henrique é uma anta perde a Iracema...
Estou adorando essa história...
Oiê pessoal ...leia meu livro no Noveltoon A Herdeira e o Garçom. Se gostar ,comenta. É gratuito.bjua...
Acho que o avô da Ivone tem alguma coisa a ver com as questões lá daquele lugar onde o Sebastião está, é alguma vingança contra a Cecília. O Sebastião teve que ir pra lá e conversou com o Rodrigo antes de partir....
Qual capítulo que a nona sofre o acidente e perde a memória??...
Essa Ivone quer ficar com o Rodrigo ou será alguma vingança? Ela vai conseguir causar grandes problemas no relacionamento deles?...
Espero que tenha sido engano que marina morreu, pq esperei tanto pelo casal lindo e agora ela morre. Que fim péssimo! Melhor finalizar o livro e matar todos os casais....
Alguém pode me dá um spoiller, é verdade que a M morreu? Só sim ou não já basta pq não consigo me conformar com esse fim pra ela....