A questão de se mudar para o Oásis Verde era, paradoxalmente, tanto simples quanto intrincada. O apartamento no prédio sul estava sempre pronto para hospedar alguém, mas, para transformá-lo em um lar de verdade, confortável o suficiente para Sheila e sua filha, demandava uma boa dose de reorganização e atenção aos detalhes.
Lázaro Ferreira ligou para Jerônimo e passou uma longa lista de instruções. "Eu quero que os dois quartos ao lado do meu sejam preparados imediatamente. No closet de um deles, amplie o espaço, faça com que seja funcional. O quarto das crianças precisa de móveis novos, além disso, quero adicionar algumas coisas no jardim..." As demandas eram tantas que, inevitavelmente, o processo de mudança foi adiado, impedindo que Sheila e Kelly se instalassem no mesmo dia.
"Isso até que é bom..." Lázaro Ferreira, segurando Kelly, consultou a opinião de Sheila, "Observar mais um pouco, ficar mais tranquilo. Depois chama o Jairo Dias, para ele dar uma olhada." Jairo Dias, o hematologista responsável pela saúde da menina, era uma presença constante na vida deles. Essa ideia coincidia com a de Sheila Senna, que não tinha objeções.
Enquanto conversavam, uma enfermeira entrou discretamente no quarto, empurrando o carrinho de medicamentos, pronta para realizar o procedimento da tarde de Lázaro. Seu tratamento era dividido em três vezes ao dia, manhã, tarde e noite, e os médicos também vinham regularmente verificar a situação dos seus dedos. Após a saída da enfermeira, Sheila se aproximou silenciosamente, ajeitando dois travesseiros sob o braço esquerdo de Lázaro com uma naturalidade que indicava intimidade e cuidado.
Olhando para o seu dedo mindinho, perguntou, "Está sentindo alguma coisa?" "Só dor." Lázaro Ferreira respondeu sinceramente, "Mas não é tão ruim quanto à noite." Ela balançou a cabeça, absorvendo a resposta. "O médico disse que sentir dor é um bom sinal. O pior seria não sentir nada." A porta foi batida, e era Marlon Navarro.
Marlon Navarro não chegou de mãos vazias. Carregava consigo um laptop e uma pilha de documentos volumosos, com a expressão de quem sabia que a tarde seria longa. Ele sorriu para Sheila Senna. "Sheila," ele a cumprimentou, com um leve sorriso que disfarçava a seriedade da situação. "Sim," respondeu Sheila, acenando de volta. Sabendo que precisavam de espaço para trabalhar, ela fez um gesto sutil para chamar Kelly. "O tio vai estar ocupado, vamos brincar ali."
"Oh, mamãe, me carrega!" "Claro." Sheila Senna pegou Kelly no colo, hesitante por um momento, antes de falar, "Sua mão, tome cuidado, não pode abaixar, tem que ficar elevada." "..." Lázaro Ferreira, ao ouvir isso, imediatamente sorriu, "Eu sei, não posso baixar a mão. Vou me lembrar." Marlon Navarro assentiu, dando uma olhada de confirmação. "Não se preocupe, Sheila, eu vou ficar de olho nele. Nada vai escapar."
Lázaro levantou a mão esquerda, como se pesasse a situação. "Além disso, Sheila e Kelly estão se mudando para morar comigo."
Agora ele entendeu. Leandro Ferreira riu, "Seu danado..." Não é à toa que ele estava tão contente.
A porta se abriu, e Sheila Senna entrou. "Leandro?" Sheila Senna levantou o rosto e esboçou um sorriso, falando suavemente, "Veio ver o Lázaro, né?" "Sim." Leandro Ferreira assentiu, olhando por cima do ombro dela, "A Kelly não veio com você?" "Ela está no quarto ao lado. Brincou até cansar e adormeceu, então eu a levei para lá."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Insuportável! Esse Ex-Marido Tornou-se Perseguidor!
Eu nunca odiei tanto um personagem, como eu odeio essa Vanessa… Deus do céu! Qu mulher imprestável! O suprassumo do egoísmo… de verdade, ainda acho que esso doença é falsa, só para estragar o casamento de Leandro, outro idiota completo!...
Muito bom 😋😋😋...
Atualização, por favor!...
Esse livro é muito bom. Seria muito bom se atualizasse...