"Não."
Lázaro Ferreira balançou a cabeça, "Norberto Laranjeira e Januário Laranjeira... eles não são homens que se deixam enganar facilmente."
Sua voz carregava um peso evidente, mas logo ele forçou um sorriso melancólico. "Vale a pena, por Kelly. Não é só a dor física... mesmo que eu nunca consiga reaver este dedo, ainda assim, é o mínimo que eu devo. Eu lhe devo tanto…"
Essas palavras tocaram em algum nervo de Sheila Senna, ela se levantou abruptamente, dizendo com indignação.
"Você acha que assim pode compensá-la?"
"Eu sei que não!" Lázaro Ferreira exclamou, a cor desaparecendo de seu rosto, que se tornava pálido em questão de segundos.
Ele explicou apressadamente, "Eu só estou preocupado, Januario Laranjeira é desumano, não sei o que ele poderia fazer com Kelly, quanto mais ela ficar lá, mais perigosa é a situação, eu não posso arriscar com Kelly…"
Ele disse, "Não estou tentando compensar, nem provar nada…"
Sheila Senna fechou os olhos, sentindo um aperto no peito. Ela sabia que havia sido impulsiva.
Ela amassou o lenço de papel que tinha nas mãos e jogou no lixo, "Você suou muito, vou torcer uma toalha para você!"
Dizendo isso, virou-se e entrou no banheiro.
Lázaro Ferreira a observou desaparecer pela porta, perdido em pensamentos. A culpa e o arrependimento nadavam em sua mente, mas ele não conseguia organizar as emoções.
A dor continuou por toda a noite, mas ao amanhecer, finalmente começou a diminuir.
O médico tinha dito, de fato, que a dor geralmente se intensifica durante a noite.
"Está se sentindo melhor?" Sheila estava de volta, sua voz suave, mas seus olhos ainda carregavam uma preocupação profunda enquanto observava sua expressão relaxar um pouco.
"Tente dormir um pouco então."
"Hmm…" Lázaro Ferreira concordou com a cabeça, mas a sacudiu logo em seguida.
"O que foi?" Sheila Senna perguntou, confusa.
"Suei demais... está desconfortável. Não consigo descansar assim," ele murmurou, a exaustão clara em sua voz enquanto olhava para baixo.
Sua roupa de paciente estava totalmente encharcada.
"Então, vou pegar uma limpa para você trocar?"
"Por favor."
Sheila Senna se virou, foi até o armário pegar uma roupa de paciente limpa.
Ele não podia mover o braço esquerdo, Sheila agiu por impulso, colocando a roupa limpa na beira da cama e começando a desabotoar a que ele usava. Seus dedos trabalhavam rapidamente nos botões, mas, depois de desabotoar alguns, ela parou abruptamente, como se algo a tivesse atingido.
Depois de desabotoar alguns botões, de repente parou, percebendo algo.
Ela era quase da idade da mãe de Lázaro Ferreira.
"Eu não quero!"
Lázaro Ferreira estava teimoso, contrariado, "Então deixa, não precisa limpar, nem trocar, vou dormir assim mesmo!"
"…"
Sheila Senna ficou sem palavras, "Por que você está fazendo birra? Por que você está fazendo birra, Lázaro? O que realmente quer?"
"Você não está aqui?" Lázaro Ferreira não estava ‘sendo educado’, afirmou com toda a certeza, "Você não pode me limpar?"
Ela?
Sheila Senna ficou surpresa, paralisada, como se entendesse, mas ao mesmo tempo não.
Então, ela começou a rir, a voz baixa, "Lázaro Ferreira, você está fazendo manha comigo?"
"Hmm." Lázaro Ferreira manteve os lábios cerrados, admitindo honestamente.
"Ha!"
Não conseguindo se conter, o sorriso de Sheila Senna se aprofundou, carregado de escárnio.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Insuportável! Esse Ex-Marido Tornou-se Perseguidor!
Eu nunca odiei tanto um personagem, como eu odeio essa Vanessa… Deus do céu! Qu mulher imprestável! O suprassumo do egoísmo… de verdade, ainda acho que esso doença é falsa, só para estragar o casamento de Leandro, outro idiota completo!...
Muito bom 😋😋😋...
Atualização, por favor!...
Esse livro é muito bom. Seria muito bom se atualizasse...