Logo cedo, Sheila Senna levantou-se para preparar a bolsa de viagem que Kelly precisaria levar.
Na noite anterior, Susana Pereira havia recebido uma ligação de Lázaro Ferreira, que combinou de buscar Kelly hoje para passear. Provavelmente foi Leandro Ferreira quem passou a mensagem para ele.
Sabendo que ia sair com o tio hoje, Kelly não precisou que a mãe a acordasse, levantou-se sozinha, seguindo a mãe como se fosse uma sombra.
"Mãe, que horas o tio chega?"
Sheila Senna sorriu e apontou para o relógio na parede: "Às oito horas, seu tio chega."
Faltando cinco minutos para as oito, a campainha tocou.
"Kelly, vai lá!"
Kelly correu feliz para abrir a porta e começou a rir: "É o tio! Haha!"
"Bom dia, Kelly."
Lázaro Ferreira se agachou e estendeu os braços para abraçá-la. Levantando os olhos, viu Sheila Senna se aproximando com a bolsa.
Com uma expressão serena, ela passou a bolsa para ele: "Aqui estão as coisas da Kelly, a garrafinha de água, lenços umedecidos... Ah, e tem uma lista com os alimentos que ela gosta e não gosta, além de alguns de seus hábitos."
"Certo." Lázaro Ferreira pegou a bolsa e a colocou no braço, assentindo com a cabeça: "Eu me lembro."
Quando disse isso, ele estava olhando para ela. Ela parecia estar bem, provavelmente teve bons dias recentemente.
Sheila Senna não disse mais nada, apenas acariciou o rosto de Kelly.
"Kelly, se despeça da mamãe."
Kelly, apoiada no ombro de Lázaro Ferreira, acenou: "Tchau, mãe!"
"Seja boazinha, ouça o seu tio."
Sheila Senna os acompanhou até a porta, sorrindo e acenando: "Cuidado e divirtam-se."
"Pode deixar!"
Lázaro Ferreira, carregando Kelly, sentiu um misto de amargura e tristeza. Sheila não evitou vê-lo, pelo contrário, foi franca e direta. Mas tudo o que ela disse e fez foi por Kelly. Não havia nada para ele.
Ele ainda podia vê-la, mas estava excluído do mundo dela. Tão perto, mas tão longe...
Era isso que isso significava...
No apartamento, depois de se despedir de Kelly, Sheila Senna foi até a varanda, preparando-se para lavar roupas. Planejava fazer um bolo de mirtilo à tarde para Kelly comer quando voltasse à noite.
"O que foi? Tão cedo... Você não foi ao hospital?"
Juliana Garcia ainda estava internada, então, teoricamente, sua mãe deveria estar lá a essa hora.
"Juliana tem enfermeiras cuidando dela no hospital!"
O quarto estava escuro, e Camila Cruz franzia o cenho. Ela avançou e abriu a cortina de uma só vez, deixando a luz do sol invadir o quarto.
"Ai!"
Enzo Garcia protegeu os olhos: "Mãe, isso dói nos olhos..."
"Dói nos olhos?"
Camila Cruz riu sarcasticamente: "Se a luz nos seus olhos já te incomoda, como você tem coragem de ferir o meu coração?"
"O quê?" Enzo Garcia ficou perplexo.
Percebendo que ela estava falando sobre Sheila Senna, a sonolência diminuiu um pouco e, suspirando, disse:
"Mãe, a Sheila é filha da minha tia! Ela é tanto sua enteada quanto sua sobrinha! Com uma relação tão próxima, como você não pode suportar me ver sendo bom com ela?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Insuportável! Esse Ex-Marido Tornou-se Perseguidor!
Eu nunca odiei tanto um personagem, como eu odeio essa Vanessa… Deus do céu! Qu mulher imprestável! O suprassumo do egoísmo… de verdade, ainda acho que esso doença é falsa, só para estragar o casamento de Leandro, outro idiota completo!...
Muito bom 😋😋😋...
Atualização, por favor!...
Esse livro é muito bom. Seria muito bom se atualizasse...