Quando a aldeia desapareceu de vista, ouvi Ariane suspirar aliviada.
Em vez de sentir tristeza, a pequena parecia aliviada por deixar seus pais. Senti meu coração apertar com essa constatação.
O sinal melhorou quando o carro entrou na estrada. Imediatamente, as mensagens de Pedro apareceram na tela, perguntando onde eu estava e o que estava fazendo.
Liguei para ele, e a chamada foi atendida rapidamente. “Por que não consegui entrar em contato com você a noite inteira? Com quem você está e onde você está?”, ele perguntou com a voz cheia de preocupação.
Depois de responder a todas as suas perguntas, voltei meu olhar para Ariane, que havia adormecido ao meu lado, e fiquei em silêncio. Após alguma hesitação, falei: “Pedro, encontrei uma criança cujo tipo sanguíneo e tecido é compatível com o de Suelen, mas... mas ela só tem cinco anos.”
Do outro lado da linha, houve silêncio. Sentindo-me agitada, expliquei rapidamente: “Não é o que você pensa! Não fiz nada ilegal. Vou trazer ela de volta para a Antares, e aí só decidiremos o que fazer. Espere eu voltar para conversarmos sobre isso, ok?”
Pedro era um homem altamente moral e ético. Eu sabia que ele não concordaria em deixar uma criança de cinco anos doar um órgão para Suelen. Afinal, Ariane era muito jovem e seu corpo ainda estava em desenvolvimento. O risco de ser um doador vivo era alto. Mesmo que ela fosse uma doadora compatível, poderia enfrentar possíveis sequelas e efeitos negativos da doação de órgãos.
No entanto, eu havia decidido levar Ariane comigo após ver o tratamento severo que as meninas recebiam em sua família. Seria melhor se ela pudesse ficar com Pedro e comigo. Mesmo que não pudéssemos adotá-la, ela ainda viveria uma vida melhor em um abrigo do que naquela aldeia.
Não sabia se estava fazendo a coisa certa. Eu não consegui salvar Andressa, mas tinha a chance de ajudar Ariane a escapar daquela aldeia.
Após um longo silêncio, Pedro falou com voz solene: “Scarlet, sei que você está preocupada com a Suelen. Mas, prometa-me que você não fará mal a ninguém, ok?”
Eu assenti. “Certo. Eu prometo. Confie em mim!”
“Claro, eu confio em você”, Pedro disse com um tom carinhoso.
Sentindo-me perturbada, não consegui dormir. “Benício, isso acontece em todas as aldeias daqui? Como eles podem tratar seus filhos de maneira tão diferente?”, perguntei.
Os olhos daquela mulher estavam cheios de amor por seu filho quando ela o carregava nas costas. Em contraste, suas filhas viviam pior do que ratos naquela casa.
Mantendo os olhos na estrada, Benício soltou um suspiro. “Há muita gente sofrendo neste mundo. Cada um tem suas próprias dificuldades e perigos na vida.”
Todos nascem com destinos diferentes. Aqueles que nasceram em berços de ouro podem viver uma vida boa. Enquanto isso, aqueles que nasceram em famílias que vivem em aldeias não civilizadas e remotas devem se sentir gratos por poderem até mesmo sobreviver.
Já era tarde da noite quando chegamos à mansão. Pedro estava sentado perto de um aquecedor no living, com um livro nas mãos, esperando meu retorno.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ficar ou correr?
Ainda nada......
Cadê o restante?????? Q demora e descaso com o leitor...
Mais de um mês sem atualização por novos capítulos......
Cadê os novos capítulos???...
Aguardando os próximos capítulos... serão os finais?...
Tentando desbloquear o capítulo usando as moedas e está dando erro....
Procurem o livro se você me ama, é o mesmo que ficar ou correr? Muda somente o nome dos personagens, Procurem no freenovel...
Demorou tanto pra ser publicado e quando volta é somente 2 capítulos por dia! Porque não lança o livro todo logo? Nem q seja pra comprar, aí aguento mais ter que ficar lendo 2 capítulos por dia que só sai depois de meia noite...
Não deveriam ser 5 capítulos por dia?...
Foi tanto tempo sem atualização que tive que voltar uns 30 capítulos só pra saber em que pé estava a situação. Já tinha esquecido um monte de personagens... espero que esse não seja mais um desses livros enormes que enrolam sem necessidade e acabam com um final patético sem emoção....