Era maio e a temperatura começou a subir.
No caminho para o cemitério, vimos muitas pessoas oferecendo flores aos falecidos.
São Vicente era relativamente pequeno, com um ritmo de vida lento. A maioria dos cidadãos nasceu e cresceu lá.
Muitos ainda mantêm suas tradições locais com amor.
Marcos nomeou a criança de Noah e decidiu não dar um sobrenome para ela.
Sua foto já havia desaparecido e seu túmulo estava coberto de grama.
Ajoelhei-me para arrancar as ervas daninhas e arrumei a área ao redor.
Depois disso, me inclinei para o túmulo e disse com um sorriso fraco: “Sinto muito por só vir agora, minha querida criança.”
Eu o evitava há tanto tempo na esperança de superar, mas é impossível.
Ao nosso lado tinha uma moça na casa dos trinta soluçando baixinho.
Olhei para a lápide e vi que era de uma senhora de meia-idade. Meu primeiro pensamento foi que o túmulo provavelmente pertencia à mãe dela.
Não adiantava consolá-la, então fiquei em silêncio. Eu me senti vazia enquanto a observava chorando de dor. Fico me perguntando: por que não estou chorando como ela?
Algum tempo depois, a mulher parou de chorar. Ela ficou assustada quando me notou e falou com uma voz rouca. “Você...”
Dei um leve sorriso e respondi: “Estou aqui para ver meu filho.”
Ela deu uma olhada na foto desfocada na lápide. Mesmo que fosse uma foto borrada, qualquer um poderia dizer que era um bebê.
Ela olhou fixamente por um momento e perguntou: “Quantos anos ele tinha?”
“Um mês completo de gestação.” Talvez um pouco mais.
Ela me observou com os olhos ainda vermelhos e inchados. “A vida é tão curta.”
Permaneci em silêncio e lentamente baixei meu olhar para o chão.
Quando eu estava prestes a sair do cemitério, a moça ainda estava por perto, aparentemente sem vontade de sair.
Ela me contou uma história sobre uma menina de oito anos. A garota nasceu em uma família feliz com a mãe, o pai e o irmão mais novo.
No entanto, períodos de alegria tendem a terminar com tristeza. Um desastre ocorreu e levou seu pai embora. Sua mãe não conseguiu suportar a dor, então levou o filho e se casou novamente, deixando a menina aos cuidados da avó.
Sua avó era uma cartomante e dependia desse trabalho para viver. Ela não ganhava muito e a presença da menina era um fardo adicional para ela.
Vi a notícia do suicídio da jovem quando voltei para o apartamento.
A localização era estranhamente familiar. Eu ofeguei quando mostraram o rosto da falecida.
Isso me lembrou da história que ouvi. Mas... por que ela escolheu cometer suicídio?
E que papel ela assumiu nessa história?
Não tinha como eu descobrir. Independente disso, não me arrependi. Afinal, eu havia alcançado o que pretendia.
Havia um cemitério chamado Sedan nos arredores de São Vicente onde as pessoas eram budistas devotas. Eu fui lá e a estrada era íngreme. Era um lugar sagrado que proporcionava alívio, cheio de incontáveis almas.
Algumas pessoas viajam para as montanhas para encontrar sua paz de espírito e também essa sensação de alívio.
Esse caminho estreito e sem tráfego de veículos havia sido achatado por inúmeros devotos. As pessoas ainda iam para se aproximar de suas divindades.
Vestida com um lenço vermelho, segui o grupo de peregrinação e me ajoelhei com eles sem entoar orações.
Em vez disso, orei para que a miséria e o sofrimento passem por cada passo da jornada.
Nesse momento, um idoso ao meu lado que parecia notar meus movimentos desajeitados aconselhou: “Jovem, use algumas proteções para os joelhos ou você vai machucá-los.”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ficar ou correr?
Ainda nada......
Cadê o restante?????? Q demora e descaso com o leitor...
Mais de um mês sem atualização por novos capítulos......
Cadê os novos capítulos???...
Aguardando os próximos capítulos... serão os finais?...
Tentando desbloquear o capítulo usando as moedas e está dando erro....
Procurem o livro se você me ama, é o mesmo que ficar ou correr? Muda somente o nome dos personagens, Procurem no freenovel...
Demorou tanto pra ser publicado e quando volta é somente 2 capítulos por dia! Porque não lança o livro todo logo? Nem q seja pra comprar, aí aguento mais ter que ficar lendo 2 capítulos por dia que só sai depois de meia noite...
Não deveriam ser 5 capítulos por dia?...
Foi tanto tempo sem atualização que tive que voltar uns 30 capítulos só pra saber em que pé estava a situação. Já tinha esquecido um monte de personagens... espero que esse não seja mais um desses livros enormes que enrolam sem necessidade e acabam com um final patético sem emoção....