Ficar ou correr? romance Capítulo 583

“Posso fazer isso sozinha”, exclamei e peguei a toalha dele.

Mas ele recusou e afastou a toalha de mim.

A raiva que eu estava reprimindo aumentou novamente. Apertando os lábios, olhei para ele. “Pedro...”

Mas antes que eu pudesse terminar a frase, ele segurou o meu rosto e pressionou abruptamente os seus lábios contra os meus. Eu queria afastá-lo, mas foi inútil. Ele me prendeu em seus braços e me beijou com força, como se fosse um castigo dele. Isso me deixou sem fôlego.

Se ele não tivesse percebido a minha falta de ar, ele teria continuado.

Quando ele me soltou, os nossos olhos se encontraram por um momento, mas desviei e o ignorei.

Ele estreitou os olhos e beliscou o meu queixo com força. “Não sou eu quem deveria estar com raiva?”, ele me questionou, olhando para mim com tristeza, como se tivesse sido injustiçado.

Afastei a sua mão e o encarei ferozmente. “Então você deveria ir embora e ficar de mau humor. Deixe-me em paz. Quero dormir.”

Pedro não pôde deixar de rir das minhas palavras. “Você pode, por favor, ser razoável?”

“Não!”, eu disse desafiadoramente. Sabia que estava tendo um ataque, mas não me importei.

Vendo a minha atitude, ele não disse mais nada e jogou o casaco de lado antes de desabotoar a camisa.

Enquanto ele estava lá, tirando as roupas graciosamente na minha frente, sorriu e olhou sugestivamente para mim.

“P... Por que você está tirando a roupa?”

“Vou dormir!” Enquanto ele falava, jogou a camisa displicentemente no chão, expondo o seu peito nu diante dos meus olhos.

Rapidamente desviei o olhar com o meu rosto vermelho de vergonha. E, nesse momento, ouvi a risada dele. “Pedro, você...”

No momento em que me virei para olhá-lo, ele também havia tirado a calça, e agora vinha em minha direção. Fiquei surpresa por um segundo antes de me afastar. Mas, antes que eu pudesse chegar ao outro lado da cama, ele agarrou o meu tornozelo e me arrastou em sua direção.

Estando presa em seus braços, fiquei furiosa e o olhei friamente. “O que você está fazendo? Quero dormir!”, eu gritei.

“Tudo bem. Vamos dormir”, ele disse gentilmente, tentando me persuadir a dormir com ele. “Já passa da meia-noite. Deveríamos descansar agora.”

Ao ouvir as minhas palavras, ele fixou os seus olhos castanhos escuros em mim. “Vamos fazer outra coisa?”, ele sugeriu com a voz rouca.

Mantive a minha boca fechada e me afastei dele. Mas ele se aproximou deliberadamente e pressionou o seu corpo contra mim.

Na escuridão do quarto, nós nos encaramos despudoradamente. Embora não pudéssemos nos ver com clareza, conseguimos nos aproximar mais do que qualquer outra coisa. Quando terminamos, o sol já havia nascido, iluminando o céu cinzento do inverno.

Eu estava cansada e com sono, mas simplesmente não conseguia adormecer com a mente perturbada.

“Você quer tomar um banho?”, ele perguntou com a voz rouca enquanto se deitava ao meu lado.

Apertei os lábios e dei as costas para ele.

Ele não disse nada e saiu da cama sozinho. Mais tarde, o som da água corrente veio do banheiro. Enquanto ele tomava banho, eu me revirei na cama, sentindo-me desconfortável com o suor grudado em meu corpo. Hmm, sempre me sentia assim ultimamente. Depois, senti algo molhado por baixo também. A princípio, pensei que fosse algum resíduo deixado por Pedro, então liguei o abajur de cabeceira e peguei um pedaço de lenço de papel para limpá-lo. Mas, na verdade, era uma mancha de sangue no lençol. Fiquei apavorada.

Quando a porta do banheiro foi aberta, eu a cobri com o cobertor. Mas era tarde demais. Ele também tinha visto o sangue.