Ficar ou correr? romance Capítulo 416

O menino era introvertido e agarrou a mão do pai com força enquanto olhava para minha filha e assentia. “Uhum. Obrigado, Sra. Machado!”

“Vamos, então.”

Em casa, as duas crianças se ocupavam colhendo coisas no quintal, enquanto Colin saía para comprar peixe.

Eu, enquanto isso, comecei a lavar legumes na cozinha.

Nos últimos quatro anos, criei o hábito de cozinhar, a fim de garantir que Suelen tivesse uma dieta equilibrada. Como resultado, melhorei muito.

Depois que lavei os legumes, os dois entraram na cozinha aos tropeços, cada um carregando uma pequena cesta.

A cesta de Michael estava cheia até a borda — alguns dos vegetais dentro ameaçavam transbordar.

A cesta de Suelen só vegetais diversos. Como se estivesse andando atrás do amigo e pegando qualquer coisa que tivesse caído da cesta dele.

“Estamos de volta, mamãe!” Ela mostrou sua cesta com orgulho, seu rosto cheio de sujeira.

Peguei a cesta de Michael, limpando o suor em seu rosto. “Deveria compartilhar um pouco da próxima vez. É muito pesado carregar tudo sozinho!”

O menino sorriu, seus olhos suaves e cheios de afeto enquanto olhava para minha filha. “Ela é muito pequena para carregar isso!”

“É verdade, mamãe! Pedi para Michael me ajudar a carregar porque não sou forte o suficiente!” Suelen riu. Não pude deixar de me perguntar se havia aprendido a ser tão desinibida com Leonardo.

Franzindo as sobrancelhas, repreendi: “Se o intimidar assim de novo, vou fazer você regar o quintal sozinha.”

“Não me importo. Não vou estar sozinha, de qualquer maneira.” Ela fez beicinho.

Essa garotinha...

Michael corria para ajudá-la sempre que era corrigida. Parecia ter se acostumado com a companhia dele, e não havia nada que eu pudesse fazer a respeito.

Colin voltou, comprara peixes e camarão.

Suelen pegou um dos camarões e começou a correr atrás do pobre amigo no quintal.

Pegando a cesta de produtos de minhas mãos, Colin disse: “Vou lavar. Os peixes foram limpos, então já pode cozinhá-los.”

Assenti em resposta.

Logo, as duas crianças sentiram o cheiro da comida e se reuniram ao redor do fogão, olhando para mim enquanto seus estômagos resmungavam.

“Vão e arrumem a mesa, seus lobinhos!”, pediu Colin, largando os vegetais limpos ao meu lado.

Como imaginei, Michael foi pegar pratos e talheres, enquanto Suelen não se moveu um centímetro.

Colin riu, pegando-a nos braços. “Seja uma boa menina, pegue as frutas na pia e coloque-as na mesa de jantar. O jantar vai ficar pronto logo, prometo.”

Os braços dele se abriram para minha filha, que correu até eles. “Se quer um pai, por que não eu?” , sugeriu ele.

Ela ficou quieta por um momento antes de responder: “Mas meu amigo disse que um pai é alguém que dorme na mesma cama que a mamãe.”

Ela...

Leonardo apertou os lábios, olhando para mim. “Sua filha sabe demais.”

Gargalhando, segurei a cesta em um braço e uma melancia em outro enquanto caminhava em direção ao meu amigo. “O que está fazendo aqui? Não disse que estava ocupado?”

Ele soltou Suelen, então pegou a cesta e a melancia de mim. “Achei que as frutas do seu jardim já estariam maduras, então vou ficar alguns dias para comer algumas. Pode ser?”

“Claro!”

Ele tinha aberto uma clínica de aconselhamento, e as coisas estavam indo muito bem para nos últimos anos.

Vinha nos visitar com bastante frequência, até que essas visitas foram reduzidas para apenas uma vez por ano devido ao quão ocupado estava ficando.

O céu já estava escuro enquanto comíamos algumas frutas de sobremesa, e Suelen insistiu em sair para dar uma volta.

Sem muito mais o que fazer, saímos.