Ficar ou correr? romance Capítulo 312

Enfurecido, Pedro avisou: “Chega.”

Mas Rebeca continuou, sem medo de seu aviso.

“Minha mãe não teria tido chance de atacá-la se você tivesse ido comemorar o aniversário dela. No final das contas, você não a ama o suficiente. Minha mãe pode ter sido a culpada pela morte do bebê, mas você é cúmplice dela.”

Rebeca estava ficando agitada.

“Pê, se você ficar com Scarlet só porque se sente culpado, isso não acabará bem. Você sabe que um relacionamento não deve ser forçado. Se ficarem juntos, apesar da falta de amor, os dois sairão machucados.”

Pedro estava de costas para mim, então não pude ver seu rosto, mas zombei: “Ele pode e vai! Realmente não importa se nós dois seremos felizes juntos. A parte mais importante aqui é que você está infeliz, Sra. Lopes. Isso é tudo o que importa para mim.”

Ouvindo minha voz, ele se virou e estreitou os olhos. “Já terminou o banho?”

Assenti com a cabeça antes de sorrir para Rebeca. “Sei que as pessoas podem ser indisciplinadas pela manhã. Você precisa liberar o estresse? Devo dar algum espaço aos dois?”

Pedro franziu a testa e se indignou. “Scarlet!”

Dei de ombros, sem me irritar nem um pouco. “Divirtam-se. Preciso sair agora.”

Porém, antes que eu pudesse ir longe, ele agarrou minha mão. “Acalme-se, ok?”

Apertei os lábios em desgosto e estava prestes a responder quando ele disse friamente a Rebeca: “Preciso mandá-la embora pessoalmente, Sra. Lopes?”

Meu marido estava obviamente chateado.

Rebeca parecia pálida e chorosa. Ela abriu a boca para dizer algo, mas se calou após vê-lo tão zangado. Tudo o que ela fez foi olhar de forma raivosa para mim e sair.

Com isso, apenas Pedro e eu ficamos no quarto.

Eu podia ver a resignação em seus olhos enquanto ele olhava para mim. “Há quanto tempo está aqui?”

Dei de ombros. “Não faço ideia.”

Ele sorriu. “Tudo bem, por que está com raiva, então?”

Respondi calmamente: “É uma pena que meu aniversário seja também o aniversário da morte do meu filho.”

Talvez pego de surpresa ou de coração partido, Pedro me abraçou com força, quase me fundindo com seu peito. “Ela não vai ficar impune!”

Ela? Quem? A Rebeca? Ou Carmen?

Argh! Que saco!

Me sentei e apoiei o queixo na mão. Entediada, perguntei: “Com que idade você saiu de casa, Suzana?”

Ela não respondeu, mas sim Pedro. “Com quinze anos.”

Arqueei uma sobrancelha.

“Mas seu avô disse que te mandou para Rotterdam quando tinha cinco anos. E você só voltou para a Cidade de Augusta aos vinte. Hm, isso significa que você conseguiu engolir um caldeirão inteiro nessa idade? Uau, ou ele era muito pequeno, ou você tinha muito apetite.”

Pedro apertou os olhos para mim. “Eu odeio essa sopa!”

Ele estava insinuando que sua tia estava inventando coisas.

Dei de ombros antes de olhar para ela, que estava ficando branca de tanto constrangimento. Então, peguei a comida que a Sra. Escobar me deu e entreguei a Pedro. “Termine seu café da manhã rápido. Temos alguns negócios para resolver.”

Irritada e sem vontade de me ver alegre, Suzana olhou para o sobrinho e disse: “Pedro, Rebeca e eu iremos para a Corporação Carvalho mais tarde. Nos dê uma carona, ok?”

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