Ficar ou correr? romance Capítulo 1327

“Uau, eu nunca esperaria que o Estélio fizesse uma coisa dessas. Pelo menos ele está fazendo a coisa certa pelos homens.”

“Os copos estão cheios até a borda. Não seria perigoso beber os três de uma vez? Será que ele não está exagerando um pouco?”

“O que você sabe? Isso serve de lição para aquela mulher ardilosa!”

“Hum! Vocês ainda não sabem de tudo, né? Quando ela começou a empresa, para alavancar os negócios, já tinha prejudicado o estômago devido ao excesso de álcool nas festas. Não serão apenas os três copos de uísque que farão mal a ela; é provável que ela perca a vida! Eu nunca imaginei que Estélio Natário fosse um homem tão implacável!”

Eu estava confusa com tanto falatório, me perguntando qual parte era verdade e qual parte era mentira. No entanto, quando percebi que a Teodora estava completamente imóvel depois de um bom tempo, supus que a maioria daquilo fosse verdade.

Assim como quando o Estélio recebeu o presente no palco, Teodora não tinha saída, hesitando para aceitar beber os copos de uísque.

Em um mundo onde o poder e o dinheiro reinam, as duas partes nunca conseguiriam encerrar realmente a disputa se não abaixassem os egos e se desculpassem.

Nesse momento, todos os olhares estavam voltados para Teodora, à espera de sua resposta, enquanto seguravam a respiração. O ambiente parecia congelado e, à exceção do leve ruído da estática no microfone, reinava o silêncio no salão.

Finalmente, após uns bons dez segundos, a expressão de Teodora mudou sutilmente e ela caminhou até Estélio. Sem dizer uma palavra, ela virou os três copos de uísque de uma vez.

Os convidados não puderam evitar um suspiro coletivo. Até o Estélio ficou surpreso, provavelmente não esperando que ela fosse tão cooperativa.

Após beber os três copos de uísque, Teodora não parecia bem, mas as coisas não pareciam tão exageradas quanto o falatório da multidão fazia parecer. Sob os gritos do apresentador e dos convidados, ela até apertou as mãos de Estélio para selar a paz.

Todo mundo ficou naturalmente feliz ao ver aquela interação harmoniosa. Logo depois, Teodora e Estélio voltaram a aproveitar o banquete.

Continuei prestando atenção em Teodora o tempo todo, mas a multidão era muito densa e, num piscar de olhos, a perdi de vista. Mais tarde, Eduarda me avisou que ela já havia saído pelos fundos.

Não muito tempo depois que Teodora saiu, Estélio se aproximou e me entregou um cheque, com o corpo impregnado de álcool.

“Srta. Machado, hoje é um dia de celebração. Esse é meu prêmio para você e o Bernardo. Aceite.”

Com isso, ele enfiou o cheque na minha mão.

“Hã? O que quer dizer com isso, Sr. Machado?”, Estélio perguntou, confuso.

“Você não sabia que o estômago da Teodora não aguenta bebida alcoólica?”, Marcelo olhou para ele, desconfiado.

“O quê? Isso é verdade?”, a expressão de Estélio mudou drasticamente. “Eu não sabia!”

Ele ficou momentaneamente atônito antes de bater a mão na testa e dizer, desanimado:

“

Jesus! Eu só queria fazer as coisas do nosso jeito. Para os Natários, um pedido de desculpas não é um pedido de desculpas até que o álcool esteja envolvido. Se eu soubesse disso antes, nunca teria pedido para ela beber!”

Marcelo sorriu de canto e bateu em seu ombro. “Tudo bem. Ela mereceu, de qualquer maneira. Não precisa se sentir culpado.”

“Isso não está certo. Tudo bem, aproveitem a festa, vou dar uma passada no hospital. Desculpem por sair tão cedo. Espero que compreendam.”