Ficar ou correr? romance Capítulo 1316

Com isso, me virei e fui embora, sem olhar para trás.

Ele não nos seguiu para fora; não havia razão nem necessidade para isso. Minha atitude foi suficiente para fazê-lo perceber que tentar reivindicar os direitos de custódia sobre Suelen era uma causa perdida. Se ousasse me irritar, eu iria bem mais longe para esconder Suelen, muito além de simplesmente transferi-la para outra escola.

Enquanto estávamos no carro, dei mais uma olhada pela janela em direção ao café, enquanto Marcelo estava ocupado ajustando o cinto de segurança.

“

Tenho uma sensação estranha”, disse a ele, franzindo a testa. “Chame alguns dos seus melhores homens do departamento de TI da empresa para virem até a casa.”

Ele ficou em silêncio, ponderando a ideia por um momento, antes de pegar seu celular e tocar várias vezes na tela. Depois, ligou o motor do carro e nos levou para casa.

Meia hora depois, chegamos à residência dos Machado, onde um grupo de cinco ou seis jovens com aparência nerd, usando óculos e camisas quadriculadas, já nos aguardava.

“Sr. Machado”, cumprimentaram educadamente, fazendo uma reverência na direção de Marcelo.

Marcelo fez um simples som de reconhecimento e se virou para me olhar.

“

Os graduados de mais alto nível do país na área de TI deste ano estão todos aqui. Só me diga o que precisar, eles podem parecer meio lentos, mas são bons no que fazem.”

Assenti com a cabeça, dando um passo à frente e indo direto ao ponto.

“

Trouxeram seus notebooks?”

“Sim, Sra. Machado”, respondeu o rapaz do canto em voz alta, com os olhos fixos no chão, e eu percebi seu nervosismo pelos tremores.

Os outros não estavam melhores; alguns estavam apertando e soltando os punhos nervosamente, enquanto outros olhavam para baixo. Lancei um olhar questionador para Marcelo, como se perguntasse:

“

Você tem certeza de que esses meninos são realmente bons?”

Ele apenas cruzou os braços e levantou o queixo com orgulho, como se esperasse minha reação.

Sua autoconfiança me deixou com várias suspeitas, mas não tinha outra escolha senão confiar nele.

Cerca de dez minutos depois, o rapaz mais próximo a mim parou de digitar e virou o laptop para mostrar a tela.

“

Está tudo pronto, Sra. Machado”, explicou com naturalidade. “Todas as finanças da família Cruz foram bloqueadas. Eles não poderão gastar um único centavo, a menos que eu remova o vírus.”

“Bom trabalho.” Estendi a mão e bati em seu ombro como forma de incentivo.

Mal as palavras saíram da minha boca, ouvi alguém gritar:

“

Há algo errado! Tem alguém tentando reescrever nosso programa, e estão fazendo isso rapidamente! O meu está sendo destruído!”

“Todos os outros rapidamente saíram de seu transe e voltaram a trabalhar em seus notebooks. As expressões ansiosas deles fizeram até mesmo Marcelo e eu nos sentirmos um pouco nervosos.”

Nos próximos quinze minutos, testemunhei o que só podia chamar de ‘derrota absoluta’.

O grupo de técnicos, inicialmente entusiasmado, estava sendo derrotado um a um. Primeiro, seus notebooks foram assumidos remotamente; depois, seus firewalls foram derrubados, e assim por diante. No final, vi o laptop mais próximo de mim ser completamente desligado, sem conseguir ser reiniciado, por mais que seu dono tentasse.