Ficar ou correr? romance Capítulo 1246

Marcelo assentiu:

Aham.”

Demorei um pouco para entender o que estava acontecendo. Pedro me perdoaria por arriscar minha vida, desde que eu estivesse bem, mas agora que algo desconhecido foi injetado em meu corpo e que poderia prejudicar minha vida, ele não deixaria barato.

Fiquei olhando o celular sem saber o que fazer.

Depois de consolar Marcelo, agora eu tinha que consolar Pedro. Eu deveria ser a pessoa mais miserável do mundo nesse momento.

Coloquei o celular próximo ao ouvido antes de falar sinceramente:

Sr. Carvalho, sua esposa percebeu seu erro e prometeu nunca mais o repetir. Você seria gentil o suficiente para perdoá-la?”

Silêncio. Afinal, Pedro conseguia guardar rancor por mais tempo que Marcelo.

“O que preciso fazer para acalmar sua raiva? Farei qualquer coisa que você pedir”, fui com tudo.

Marcelo fez de conta que tossiu levemente ao meu lado.

Oh, isso é para maiores de 18!”, ele zombou.

Olhei feio para ele para fazê-lo parar.

Finalmente, Pedro falou, sua voz rouca:

Amanhã, peça para o Marcelo comprar uma coleira e uma guia na loja de animais.”

“Hã? Você quer um animal de estimação? Um cachorro ou um gato?”

“É você.”

Fiquei rígida de choque. Um rubor subiu pelas minhas bochechas quando vi Marcelo me observando com curiosidade. Virei um pouco e cobri o celular antes de concordar com o pedido de Pedro.

Não sou contra apimentar as coisas, mas tem lojas que vendem esses itens especificamente. Por que precisaríamos envolver uma loja de animais?”

Eu até entendia que os homens se interessassem por novidades, mas isso era algo íntimo, então não deveríamos ficar brincando.

“O que você está falando?”, Pedro retrucou. “Você disse qualquer coisa, certo? Se acontecer de novo, você vai usar a coleira e ficar ao meu lado como um animal obediente. Não vai poder escapar.”

“Você já esqueceu o que me prometeu antes?”, a voz de Pedro estava calma, mas firme.

Fiquei em silêncio, dominada pela sensação de impotência.

No fim, Pedro cedeu.

Tudo bem. Concordo em nos prepararmos, mas antes de fazermos isso, vamos esperar os resultados dos exames. Precisamos garantir que você está bem ou que sua doença pode ser tratada antes de levarmos o plano adiante. Sua saúde é a coisa mais importante.”

“Tudo bem.”

Eu havia sido imprudente várias vezes, então talvez fosse hora de acalmar e esperar boas notícias.

Na tarde seguinte, o rechonchudo diretor do hospital entrou na minha enfermaria com um especialista atrás dele.

Depois de folhear meu relatório médico, ele suspirou e, com um tom de pesar, me disse:

Srta. Machado, sinto muito em informar, mas não há cura para a toxina em seu corpo.”

“Não há cura?”, Marcelo resmungou e lançou um olhar reprovador para o diretor. “Você é um inútil.”

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