Ivana desceu da mesa de cirurgia, e lá fora, já estava escuro.
As duas cirurgias de hoje foram bastante longas, e Ivana, preocupada com o feto em seu ventre, não comia nada comida que pudesse estimulá-la durante todo o processo. Depois de descer da mesa de cirurgia, sentiu-se extremamente esgotada ao relaxar.
Ela caminhou de volta ao seu escritório, onde pendurou seu jaleco branco e, ao pegar a sua bolsa do armário abaixo de seus pés, estava pronta para sair quando viu Heitor, com uma expressão séria, parado na porta.
O homem parecia estar de mau humor, e Ivana, levantando levemente suas sobrancelhas, perguntou:
“Srta. Jesus está a sentir-se mal?”
Enquanto falava, ela massageava a testa, tentando suprimir seu cansaço, pronta para verificar o estado de Clarice, sua paciente.
Ao se aproximar da porta, Heitor não mostrou intenção de se mover para deixá-la passar.
Confusa, Ivana olhou para ele.
Heitor, com seus olhos escuros e profundos, olhava para ela calmamente. Seu rosto atraente não expressava muita emoção, difícil de ler.
Ivana perguntou: “O que se passou?”
Heitor lançou um olhar frio para o rosto visivelmente cansado dela e respondeu secamente: “Nada.”
Após dizer isso, virou-se e saiu.
Ivana franziu o cenho, achando Heitor estranhamente comportado.
Ela respirou fundo, contendo as suas emoções.
A enfermeira responsável por Clarice se aproximou, e Ivana fez algumas perguntas, aprendendo que Clarice já estava a dormir e não havia problemas graves. Com isso, Ivana retornou ao seu escritório, pegou na sua bolsa e saiu.
Ela estava cansada e faminta, ansiando por voltar para casa, beber uma xícara da sopa quente preparada por Yasmin e dormir bem.
Ao sair do hospital, Ivana esperou um pouco, mas não conseguiu pegar um táxi. Então, pegou seu celular e abriu o aplicativo de boleias, descobrindo que o seu pedido só seria atendido meia hora depois.
Massageando a testa, lembrou-se de que hoje era Dia dos Namorados, um horário complicado para conseguir transporte.
Ela não tinha conduzido até lá, então, relutantemente, buscou o número de Jéssica Sousa em seus contatos, esperando pegar uma carona com ela. Mas, antes de ligar, ouviu a voz de Valentino ao longe.
“Ivana.”
Valentino, vendo Ivana entrar no carro de Heitor, parou, e o Maybach preto lentamente passou por ele, fazendo com que sua expressão amável se tornasse mais sombria.
Não demorou muito para o celular de Ivana vibrar.
O homem ao seu lado olhou para ela friamente e disse: “Não atenda.”
Ivana: “.......”
O toque do telefone parou depois de um tempo.
Normalmente, ir do hospital até o Mirante do Vale levaria apenas cerca de vinte minutos, mas hoje eles ficaram presos no trânsito por meia hora.
A expressão do homem ao seu lado tornou-se cada vez mais impaciente.
O motorista, percebendo o humor de Heitor pelo retrovisor, apressou-se em explicar.
“Hoje é Dia dos Namorados, por isso o trânsito está mais congestionado à noite.”
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Felizmente, você pode me acompanhar ao lugar próspero da vida