Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 507

Após a conversa com Letícia, Beatriz finalmente se preparou para dormir. Colocou o celular de lado, apagou a luz e se deitou.

A vitória de amanhã já era praticamente certa. E, com ela, viria também a liberdade.

A partir de então, seria o fim, de verdade.

Nenhum vínculo, nenhuma ligação, nada mais a unir a Gabriel.

O casamento… Esse ritual que parecia tão romântico no início, se revelou uma prisão difícil de deixar. Fácil de entrar, mas quase impossível de sair. E agora que via o fim tão perto, sentia o peso de tudo o que suportou.

Aquilo tinha drenado quase toda a sua força.

Eram dez da noite.

Em outra parte da cidade, no andar mais alto do hotel cinco estrelas, a suíte presidencial ainda estava iluminada.

Renato não havia dormido.

Parte dos documentos que ele pedira à secretária com urgência acabara de chegar por e-mail. Ele os abriu e começou a ler em silêncio.

Gabriel e sua esposa original estavam mesmo se divorciando, e não era por consenso. Era por processo judicial. A primeira audiência já havia acontecido.

— A sentença da primeira instância saiu. — Disse a secretária, em chamada de vídeo, olhando para o calendário digital ao lado. — Pela lei, a parte contrária tem até quinze dias pra entrar com recurso. Pela data... O prazo termina amanhã.

Renato manteve o olhar sério na tela. A secretária continuou:

— Em famílias tradicionais como a Pereira, divórcio nunca é simples. Sempre envolve divisão de bens, imagem pública... E o fato de haver uma segunda audiência indica que a mulher exigiu mais do que eles estavam dispostos a dar. O que também é compreensível, né? Afinal, foi o Gabriel quem traiu primeiro. Se ela quer se separar, é justo que leve uma boa parte. Senão, onde fica a honra da família dela?

Renato permaneceu calado, os lábios comprimidos, os olhos cada vez mais escuros.

Na verdade… Gabriel nunca havia traído. Aquilo tudo, a reaproximação com Vitória, os encontros, os presentes, foi um jogo, uma armadilha cruel. Um ato deliberado de vingança.

Então… A esposa dele não sabia disso?

Ou sabia, e mesmo assim decidiu se divorciar?

Se a segunda opção fosse verdadeira, isso só confirmava o que ele já começava a suspeitar: a separação não tinha nada a ver com Vitória.

O casamento deles já estava quebrado. Eles apenas estavam usando o escândalo como justificativa formal.

A audiência de amanhã seria, muito provavelmente, a última.

E isso… Mudava tudo.

Renato recostou-se na poltrona com um suspiro lento. A implicação era clara: se a separação não tinha relação com Vitória, então ele não precisava se sentir responsável por qualquer compensação.

Aquela ideia inicial, de oferecer uma indenização por possível interferência de sua irmã, perdia totalmente o sentido.

Mais ainda: a história do sequestro já estava clara demais. Vitória não causou nenhum dano real. Ela mesma foi presa, passou horas na delegacia e ainda teve que lidar com a ameaça de uma multa absurda de cinco milhões.

— Isso... Isso foi extorsão, não foi justiça. — Murmurou Renato, para si mesmo.

“A tal Beatriz... Se dizia vítima, mas agiu como predadora.

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