Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 440

Mesmo após vinte anos, a esmeralda ainda reluzia com um brilho vívido, e os diamantes naturais ao redor da pedra formavam um aro resplandecente, cintilando sob qualquer luz.

Se não estivesse tão desesperada por dinheiro, Vitória jamais teria cogitado se desfazer dela.

Mas, desta vez...

Era exatamente o momento certo de colocá-la em uso.

Tudo o que ela havia conquistado até hoje, mesmo em ruínas, era fruto da sua própria luta, esperteza e ousadia.

Acalmando a excitação que ainda borbulhava no peito, Vitória abraçou o estojo com força e adormeceu com ele nos braços.

Na manhã seguinte, o sábado nasceu com um clima leve.

Beatriz, depois de tomar o café da manhã, já estava na cozinha preparando os ingredientes para o almoço.

Tinha decidido o cardápio: coxinhas da asa assadas com limão e alho, filé-mignon ao molho de mostarda, camarões salteados na manteiga de garrafa e, para acompanhar, uma sopa cremosa de músculo com legumes.

Três pratos e uma sopa.

Devia ser o bastante para alimentar Eduardo e, ao mesmo tempo, demonstrar que ela não era do tipo pão-dura.

Às 11h30, todos os pratos estavam prontos.

O secretário de Eduardo ligou, avisando que ele chegaria em quinze minutos.

Beatriz começou a colocar as porções nos recipientes térmicos.

Ao ver o tamanho do pote de arroz, achou que uma porção só não seria suficiente. Adicionou mais uma e ainda pressionou bem, para caber tudo.

Gabriel também comia isso tudo, antigamente.

Ao lembrar do nome, o bom humor de Beatriz se dissipou num instante.

Mordeu os lábios com leve frustração.

Não era que ela estivesse insistindo no passado, muito menos que sentisse falta.

Mas, depois de dois anos cozinhando para aquele traste, esquecer de tudo era mais difícil do que gostaria.

Depois de organizar a comida com cuidado e conferir o horário no celular, Beatriz desceu alguns minutos antes do combinado.

Do lado de fora do condomínio.

Seis minutos depois, um carro preto parou na calçada.

Um homem de terno escuro desceu, ajeitou os óculos com os dedos e se preparava para pegar o celular e fazer uma ligação.

Mas, antes disso, seu olhar encontrou uma figura familiar em pé próximo ao portão.

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