Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 437

— Chama a polícia logo! Que levem essa maluca embora! Foi ela que partiu pra cima da gente primeiro! — Gritou uma das modelos, abaixando a cabeça enquanto tentava proteger o couro cabeludo que parecia prestes a ser arrancado.

— Vitória, espera só a polícia chegar, você não vai escapar! Uma amantezinha de quinta, rejeitada como um rato de esgoto, ainda tem a cara de pau de partir pra agressão? Você tá se achando demais!

Vitória ouviu as ameaças, mas já não sentia medo algum. Pensou que, no fim das contas, aquilo tudo era uma briga interna. O diretor da empresa com certeza viria abafar o caso. Não tinha como deixar a coisa ir longe.

— Vocês não são ninguém! Hoje eu vou encher vocês de tapa, ver se assim aprendem a calar a boca! — Esbravejou, arfando de raiva.

O porteiro, nesse momento, já estava com o celular na mão e chamando a polícia sem hesitar.

— Eu é que não sei de onde você ainda tira tanta arrogância! Vai apodrecer na cadeia, sua maluca! — Gritou outra modelo, com o rosto marcado por arranhões.

Ela já tinha entendido: Vitória estava sem nada a perder, como um cão raivoso disposto a morder até o fim. Se soubesse disso antes, teria ficado bem longe. Que azar do caramba!

— Tá pensando que tá intimidando quem? Presa o quê! Eu sou a estrela das passarelas dessa empresa! O diretor vai me proteger e mandar vocês pra cadeia no meu lugar! — Cuspiu Vitória, com desdém.

Ao ouvir isso, as duas modelos caíram na gargalhada, como se tivessem acabado de ouvir a piada do ano:

— Estrela? Você? Com que cara você fala isso? Aquele destaque todo que você tinha era porque era amante do Sr. Gabriel, só por isso!

— Vitória... Acho que você ainda não tá sabendo, né? Você já foi demitida, gata. Demissão unilateral. Foi chutada da empresa sem nem saber. E ainda acha que o diretor vai te proteger? Se ele não te cobrar multa contratual já é lucro!

Essas palavras atingiram Vitória como uma bomba. Por um instante, ela congelou, o corpo travado no meio do movimento.

Esse meio segundo bastou para que as duas se desvencilhassem um pouco dela.

— Mentira! Vocês estão mentindo! — Gritou Vitória, voltando a si.

— Mentira, é? Então vai lá e pergunta pra sua assistente, sua doida. — Disse uma das modelos, ajeitando o cabelo, com a respiração ofegante de tanto ódio.

— Ah, sua assistente? Aposto que já te bloqueou, né? — Disse outra, com um sorriso venenoso. — Ela contou tudinho, viu? As ameaças que você fez pra obrigá-la a te ajudar nas suas sujeiras... Tipo contratar paparazzi pra forjar assalto, só pra se enfiar na casa do Sr. Gabriel. Comprou bots, comprou mídia pra fingir que era a Senhora Pereira... Ainda teve a cara de pau de subir tag no trending. Sua cara é de aço, hein? Que vergonha!

Vitória ficou pálida na hora. O coração acelerou com o pânico.

“A assistente... me traiu ela?

Aquela desgraçada... Esqueceu quem foi que a tirou da lama? Quem deu oportunidade, bônus, viagem, bolsa cara?!”

Débora sabia disso tudo… Então Gabriel também sabia.

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