Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 360

— Tô de olho em várias bolsas faz um tempão! Tava planejando levar só uma hoje... — Disse Letícia, animada, enquanto se aproximava da amiga e a segurava pelo braço.

— Mas agora, com o que você falou, mano... Vou levar todas!

Ela sorriu radiante e virou-se para Beatriz:

— E você também, Bia! Viu algo que gostou? Pega tudo! Hoje quem paga é o Príncipe Eduardo~

Essas, na verdade, eram palavras que Eduardo queria ter dito.

Então, ao ouvir, voltou o olhar para Beatriz, fixando-se nela.

— Não, não, imagina… — Beatriz se apressou em balançar as mãos, visivelmente desconfortável.

O irmão comprar coisas pra irmã era normal.

Mas ela? Uma de fora? Se aproveitar assim seria um absurdo.

Aquilo simplesmente não fazia sentido pra ela.

— Qual é, por que recusar? Meu irmão nada em dinheiro. Isso, pra ele, é troco! — Insistiu Letícia, rindo.

Beatriz ficou muda diante do entusiasmo da amiga.

Letícia estava realmente empolgada e se até ali já tinha deixado claro que não pretendia deixar Beatriz escapar dessa generosidade, agora então…

Ela começou a montar mentalmente uma resposta aceitável.

Se dissesse um “não” direto, Letícia com certeza insistiria ainda mais.

Mas se deixasse parecer que estava recusando por conta de Eduardo pagar tudo, aí a amiga poderia acabar forçando ele a incluir os itens dela junto também.

Melhor fugir pela lateral.

— Eu realmente não tenho nada que precise comprar. Tô com tudo em dia. — Disse Beatriz, tentando soar o mais natural possível.

— O outono já tá chegando! Hora de renovar o guarda-roupa! Roupas, sapatos, bolsas, acessórios... — Letícia começou a listar.

— Já tenho tudo isso. Tá tudo novo, inclusive. Não tem nada que eu precise repor agora. — Beatriz respondeu com firmeza, mas educada.

— Mas é só uma vez por ano… — Letícia ainda tentou, quase fazendo biquinho.

Beatriz já estava começando a suar.

O pior é que Eduardo nem tinha ido embora, estava ali parado, dentro do carro, esperando…

— Qualidade acima de quantidade. Só preciso do necessário. De verdade, não vou comprar nada. — Ela disse com tom decidido.

— Eu vim mesmo pra te acompanhar. Se quiser opinião, posso te ajudar a escolher o que comprar. — Acrescentou, sincera.

— Como assim, Bia? Se ele realmente tivesse algo importante, por que foi ele mesmo que falou que ia carregar sacola e pagar tudo? — Letícia respondeu, bufando.

Beatriz hesitou:

— Hã... Compromisso de última hora?

— Piorou! Eu nem vi ele pegar o celular! Como ia saber de compromisso assim, do nada?! — Letícia rebateu, visivelmente inconformada.

Nesse ponto, Beatriz realmente já não tinha mais argumentos de consolo.

Letícia ainda estava indignada, bufando para si mesma, quando de repente parou.

Ficou alguns segundos olhando para o nada... E então arregalou os olhos.

Ela parecia ter sido atingida por uma revelação divina.

— Já sei! Ele queria pagar só pra você! Aí, como você disse que não queria nada, ele fugiu! — Afirmou com convicção.

— Claro que não! Que absurdo… — Tentou negar rapidamente, confusa e sem saber de onde Letícia tirava tanta imaginação.

Ela estava completamente perdida. Não fazia ideia de como aquilo podia ter virado uma teoria.

— Absurdo nada! Tenho provas. Aliás, tenho toda a linha lógica da coisa! — Letícia declarou, com o olhar firme de quem tinha certeza absoluta. — Antes de ir, ele disse: “O que for seu, você mesma paga.” Ou seja... O que não for seu, ele paga. Tradução: ele ia pagar o seu, Bia!

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