Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 356

— Mas fui eu quem te convidou… — Disse Beatriz.

— Você me convidou. Eu paguei. Uma coisa não anula a outra. — Respondeu Eduardo, olhando diretamente para ela.

“Ué? Isso podia?

Mas então… Qual a diferença de ela ter convidado ou não?”

— Eu acho que... — Ela ainda tentou argumentar, mas Letícia já tinha se antecipado.

Segurou o braço da amiga com energia e puxou-a na direção da saída:

— Bora, Bia! Quero comprar uma bolsa nova, vem comigo passear um pouco~

Beatriz foi levada quase sem resistência, mas ainda virou o rosto para trás, lançando um olhar a Eduardo.

Ela sequer tinha conseguido terminar o que queria dizer.

Eduardo vinha logo atrás, as mãos enfiadas nos bolsos, acompanhando com passos tranquilos.

Os três seguiram juntos até o elevador e desceram para a garagem subterrânea.

Dentro do elevador.

Finalmente, Beatriz teve a chance de falar de novo.

Virou-se um pouco, pronta para olhar para Eduardo e dizer algo, mas…

— Você já convidou, pronto. Não precisa ficar se martirizando por isso. — Letícia cortou a fala antes mesmo que ela começasse.

— Mas eu nem paguei a conta… — Insistiu Beatriz.

— Ué, mas você convidou! Quem pagou é outro assunto. — Retrucou Letícia, como se fosse óbvio.

“Isso não faz sentido algum.”

— E vamos combinar, né? — Letícia continuou. — Meu irmão não tá duro. Ele ainda pediu bebida de luxo. Se não fosse ele pra pagar, seria quem?

— Tudo bem, as bebidas não foram problema. Eu conseguiria pagar. — Disse Beatriz, olhando agora diretamente para Eduardo.

— Sr. Eduardo, mais tarde eu te transfiro o valor da refeição.

Ainda bem que haviam se adicionado como contatos. Ela poderia fazer a transferência direto pelo app.

Eduardo olhou para baixo, encarando a garota que parecia levar aquilo tudo tão a sério.

Ela realmente era do tipo que calculava tudo. Até o presente que ele deu como pedido de desculpas, ela retribuíra.

— Não quero o dinheiro. — Disse ele, simples.

— Eu já tenho dinheiro o bastante. Não preciso de trocados. — Completou, com um tom quase casual.

Beatriz ficou sem palavras...

“Não é à toa que é o CEO dos Martins...

Quando abre a boca, é puro luxo e arrogância.”

Mas, mesmo assim, ela achava que o certo era transferir o valor. Não gostava de dever nada a ninguém.

A diferença de valor era gritante!

— Sr. Eduardo, isso... — Beatriz começou, achando que ele ainda estava se aproveitando da situação.

Mas antes que conseguisse terminar a frase, Letícia a interrompeu com um tom debochado:

— Olha só, olha só… Então esse era o seu plano desde o início, né, mano? Fala a verdade... Desde aquele dia que você provou a comida da Bia, já ficou completamente rendido à culinária dela, não foi?

Eduardo abriu a porta do lado do motorista.

Antes de entrar, olhou por cima do ombro e respondeu com naturalidade:

— A comida dela é realmente muito boa.

Beatriz o encarou, surpresa.

Não era como das outras vezes, em que ele dizia algo só pra provocar, com aquele sorrisinho de canto de boca.

Dessa vez, o elogio veio direto. Simples. Sem ironia.

Foi a segunda vez naquele dia que ele elogiava algo nela de forma genuína.

A primeira foi quando Letícia comentou sobre sua pele clara e Eduardo não fez piada, nem rebateu.

Apenas concordou.

No fim das contas…

O Eduardo de hoje estava diferente.

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