Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 339

Naquele mesmo momento, em outro lugar da cidade.

Beatriz havia enviado para Letícia a localização do restaurante que reservara, pedindo que ela repassasse para o irmão.

[Se o Sr. Eduardo tiver tempo, ótimo. Se não, a gente marca em outra ocasião.]

Digitou Beatriz com calma.

Letícia logo respondeu:

[Ele vai ter tempo, com certeza.]

Beatriz encarou a mensagem por alguns segundos, os lábios levemente comprimidos, refletindo. Então escreveu:

[Você não está obrigando ele a ir, né? Se ele já tiver outro compromisso, vamos só nós duas amanhã.]

Letícia, no entanto, achou que digitar seria pouco para expressar sua indignação, então mandou logo um áudio:

— Imagina se eu tô obrigando! Quando falei do convite, ele na hora já perguntou se era almoço ou jantar. Nem pensou em mais nada, então certeza que ele tá livre.

— E ó, vou te contar: meu irmão é insuportável. Perguntou se eu também ia com vocês. Eu disse que sim. Adivinha o que ele respondeu?

— Disse que eu fico te explorando! Que eu já comi várias vezes de graça na sua casa!

— Tá, tudo bem, não deixa de ser verdade. Mas ó, pra compensar: a partir de agora, todo fim de semana eu vou te levar pra comer fora, por minha conta!

Beatriz ouviu os áudios um a um e não conseguiu conter um sorriso.

Então Eduardo era assim mesmo... Aquele tipo de homem direto, com a língua afiada.

Nem a própria irmã escapava do sarcasmo.

Fazia sentido que ele tivesse sido tão cruel com ela no começo, o problema era a língua dele, não ela.

Beatriz então respondeu com mais uma mensagem, cheia de sinceridade:

[Você não precisa me pagar nada. Na época que você me levava e buscava do trabalho, e agora, com toda a ajuda que me deu durante o divórcio… Eu é que sou muito grata.]

[Se quiser, venha me visitar sempre que quiser. Pode até ficar aqui em casa o tempo que quiser. Assim eu ainda tenho companhia.]

Ao ler a mensagem, Letícia abriu um sorrisão.

Agora ela tinha a desculpa perfeita para continuar indo à casa de Bia comer, beber e até dormir, com o selo oficial de bem-vinda.

Empolgada, tirou print da conversa e mandou direto para o irmão.

Queria ver agora se ele ainda ia ter a cara de pau de dizer que ela só se aproveitava da amiga.

Bia estava era acolhendo ela de braços abertos.

Do outro lado, alguns minutos depois, Eduardo respondeu:

Que ódio!

Esse irmão dela ia acabar solteiro pro resto da vida só por causa da língua venenosa que tinha.

No dia seguinte.

Era o dia do almoço marcado.

Letícia acordou, se maquiou, arrumou o cabelo e, por volta das dez e meia, foi bater na porta do irmão para apressá-lo.

Bateu uma vez e já foi abrindo a porta e, ao olhar para dentro, ficou paralisada por dois segundos.

O visual do irmão naquele dia era completamente diferente do habitual look executivo.

Em vez da costumeira roupa formal, ele vestia algo muito mais casual: uma camisa de corte solto, com um botão aberto no colarinho, um sobretudo leve jogado por cima e uma calça social bem ajustada, que destacava os ombros largos e as pernas compridas.

O cabelo? Nada de gel ou penteado milimetricamente alinhado.

Estava natural, com a franja dividida levemente de lado, caindo com um charme despretensioso.

Parecia outra pessoa.

— Uau, irmão! — Os olhos de Letícia brilharam. — Você tá tipo... Versão jovem de protagonista de dorama! Super upgrade do CEO sério pro universitário gato!

Ela não economizou nos elogios.

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