Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 328

[Acho melhor eu me mudar pra sua casa. Te levo e busco do trabalho. Assim é mais seguro.]

Beatriz olhou a mensagem da amiga, preocupada, e preferiu responder por áudio:

— Tá tudo bem, não precisa vir. Em público, ele não tem coragem de fazer nada. Mas vou ficar atenta pra ver se tem alguém me seguindo. Se eu pegar alguma prova, melhor ainda.

Letícia continuava apreensiva. Pediu que Beatriz saísse do trabalho sempre no horário, nada de fazer hora extra, ou ela mesma iria buscá-la, ou então que Daniel a levasse.

Beatriz, sem querer incomodar nem a amiga nem o Daniel, prometeu sair sempre no horário e mandaria mensagem avisando quando chegasse em casa.

Continuaram conversando e, em determinado momento, Beatriz comentou sobre Gabriel ter sido levado de ambulância. Letícia ficou pasma.

— O quê?! — Exclamou sozinha. — O Gabriel... Chamou uma ambulância? Tá de brincadeira?

Ela mandou um áudio:

— Olha só, você não pode se deixar levar por isso, viu? Ele tá claramente fingindo. Você mesma disse que discutiram no restaurante. Uma pessoa saudável não simplesmente desmaia do nada depois disso. Ele tá tentando te comover, Bia! Vai vir com drama agora porque a grosseria não deu certo.

Beatriz respondeu por mensagem:

[Eu sei que é tudo encenação. Só acho um absurdo ele desperdiçar recurso médico desse jeito.]

Letícia não perdoou:

— Ah, mas ele é podre de rico. Se quiser comprar mil ambulâncias só pra fazer teatro, ele compra.

E já que você não reagiu dessa vez... Pode esperar: na próxima ele desmaia na sua frente e finge cuspir sangue.

Gabriel realmente estava se esforçando, ou melhor, se rebaixando pra tentar reconquistar Beatriz. Mas de que adiantava?

Traiu com a amante. Exibiu o casamento como troféu na internet. Depois que tudo desmoronou, aí sim lembrou que a Beatriz existia. E pior: achou que ainda teria volta.

Uma relação fadada ao fracasso. Pura tragédia.

Ainda bem que Bia não ia cair nessa de novo. Senão, quem ia acabar com colapso nervoso seria a própria Letícia.

No hospital.

Gabriel acordou por volta das seis da manhã. Mesmo doente, seu relógio biológico era implacável. Os anos de rotina o faziam despertar sempre nesse horário.

Abriu os olhos lentamente. Tudo ao redor era branco. O teto não era o do quarto dele.

— Já estou bem. Me leve pra casa, preciso trocar de roupa. — Disse com voz contida, mas firme.

O segurança hesitou. Sem saber como impedir, ligou imediatamente para a residência da família Pereira.

Do outro lado, o mordomo já estava acordado e atendeu. Passou o telefone a Gabriel para uma conversa direta.

Conforme falava, a expressão de Gabriel foi mudando. O cenho se apertava a cada frase.

— Por que o vovô mandou dispensar os advogados? Eles trabalham pra mim. — Questionou, irritado.

— Sr. Gabriel, é melhor o senhor aceitar a decisão da primeira instância. Não continue insistindo nisso. Essa também é a vontade do Sr. Henrique. — Suspirou o mordomo, tentando manter o tom calmo.

— Meu avô não tem o direito de se meter. O que eu faço da minha vida é problema meu. — Respondeu Gabriel, com frieza na voz.

Houve um silêncio breve do outro lado da linha.

— O Sr. Henrique está profundamente decepcionado com o senhor. O que o senhor precisa fazer agora... É parar de perseguir a Srta. Beatriz. — Disse o mordomo, num tom mais sério.

Gabriel abriu a boca para retrucar. Queria dizer que jamais iria desistir, que não ia parar. Mas, antes que pudesse soltar uma só palavra, ouviu o mordomo lançar uma bomba.

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