Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 297

— Você tá sonhando! — Rosnou Gabriel, com os dentes cerrados de raiva.

— Hm, então não me culpe se eu entrar com um pedido de execução judicial. — Respondeu Leonardo, sorrindo com calma.

— Eu vou recorrer. Esse julgamento ainda tá longe de acabar! Aproveita e comemora logo... Daqui a pouco é você quem vai implorar de joelhos! — Ameaçou Gabriel, com um olhar sombrio.

E não era só o escritório de advocacia de Leonardo que ele mirava. Também queria atingir os projetos e os negócios da família Barbosa.

“Ha! Que Leonardo se preparasse para levar todos os parentes ajoelhados até a porta da sede do Grupo Pereira.”

Leonardo ouviu a ameaça e encarou Gabriel como se estivesse diante de um palhaço num espetáculo tragicômico.

Sinceramente, ele até admirava a cara de pau daquele homem.

Traição escancarada, provas concretas, até o próprio Sr. Henrique apoiando o divórcio... E, mesmo assim, Gabriel ainda achava que tinha moral para apelar?

Achava mesmo que o juiz voltaria atrás?

“Ridículo.”

Ao lado, Beatriz ainda tentava se livrar da mão de ferro que agarrava seu braço, ao mesmo tempo em que ouvia Gabriel dizendo que ia recorrer.

A raiva e a repulsa cresciam no peito. E, junto com elas, uma pontada de preocupação.

O juiz, afinal, havia tentado conciliar. Tinha até chamado ela em particular para dar mais uma chance ao casamento.

“E se, com o recurso, ele acabasse mudando de ideia?

E se eu nunca mais conseguir me livrar desse homem?”

— Pois então recorra. Estarei esperando com prazer. — Disse Leonardo, firme e sem medo. Seu tom seguro fez Beatriz respirar com um pouco mais de calma.

— Me solta, Gabriel! Vai querer que eu chame a polícia, é isso? — Beatriz se virou, enfrentando o homem com raiva. — Entre nós não existe mais nada! Isso que você está fazendo é assédio!

Gabriel finalmente desviou o olhar de Leonardo e voltou-se para Beatriz. Seus olhos suavizaram ligeiramente, mas ele ainda não soltou seu braço.

— Dr. Leonardo! — Gritou Beatriz, olhando por cima do ombro em busca de ajuda.

Leonardo, que já havia saído do carro, percebeu a gravidade da situação. Ele não era nenhum fortão de academia, muito menos alguém capaz de enfrentar Gabriel na pancada, ainda mais com um batalhão de advogados por perto. Mas inteligência ele tinha.

— Alô? Segurança do tribunal? Estou do lado de fora, preciso de apoio imediato. — Disse ele ao telefone, andando rapidamente até alcançar os dois. — O autor perdeu o processo, mas está atacando minha cliente. Acabei de presenciar uma tentativa de assédio e sequestro. Solicito que ele seja detido.

Gabriel ouviu aquelas palavras e virou-se, desconfiado.

Por mais que odiasse Leonardo, ainda sabia que o outro era advogado e que sim, tinha ligações com a Justiça. E se tivesse mesmo ligado para o pessoal do tribunal...

Na hesitação de um segundo, seus passos desaceleraram. Foi o tempo suficiente.

Leonardo segurou com firmeza o outro braço de Beatriz e a puxou para si, livrando-a da força de Gabriel.

— Gabriel, tem certeza que quer continuar com essa cena? Eu já comuniquei às autoridades. Os agentes estão vindo. — Disse Leonardo, com um tom de ameaça firme. — E vêm armados, viu? Se eu fosse você, dava meia-volta agora. Isso aqui pode render até quinze dias de detenção preventiva... No mínimo.

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