Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 248

Então... Por que ela não ligou pra ele?

Os lábios de Eduardo se apertaram ainda mais. Enquanto os pensamentos se atropelavam em sua mente, a voz de Letícia voltou pela linha:

— É sim um almoço de agradecimento. A Bia combinou com a gente já faz uns dias. Amanhã vão vocês sozinhos, tá? A gente não vai.

Ao ouvir seu nome, Beatriz virou o rosto automaticamente.

Letícia estava falando com alguém... E a tinha mencionado?

Por um instante, o nome de Eduardo passou pela sua cabeça, mas ela descartou logo em seguida.

Impossível. Eles mal se conheciam, e ainda por cima tinham uma certa inimizade. Que razão ele teria pra convidá-la pra almoçar?

Então... Quem seria?

Afinal, não havia muitas pessoas que conheciam bem as duas.

Do outro lado da linha, Eduardo ficou calado por um momento.

Se o almoço já estava marcado há dias, então não era exatamente um agradecimento pelo que aconteceu ontem.

Mas aí surgiu uma nova dúvida em sua cabeça: “O que mais a Beatriz teria pra agradecer ao Daniel?”

Sem nem perceber que estava ultrapassando limites, perguntou em voz alta.

Letícia, sem se dar conta da intromissão, respondeu na hora:

— É que o Daniel ajudou a Bia a lidar com a pressão do Gabriel. E também deixou ela trabalhar na empresa dele. Coisas assim.

Eduardo assimilou a resposta. Mencionaram Gabriel de novo... E o nome de Daniel, como alguém que a ajudou a superar tudo isso.

De repente, um pensamento estranho surgiu em sua mente: “E se... A Beatriz trabalhasse no Grupo Martins?”

A ideia parecia boa. Primeiro, porque ela tinha competência e formação suficientes. Segundo, isso impediria Gabriel de continuar infernizando a vida dela.

Afinal, Gabriel podia ter influência sobre a Aurora, mas no Grupo Martins... Ele jamais ousaria causar confusão.

Conforme pensava, a proposta lhe parecia cada vez mais viável. Foi então que ouviu Letícia concluir a conversa:

— Então tá, era isso. Vou desligar, estou indo comer.

— Espera. — Eduardo a interrompeu a tempo.

Letícia parou o movimento de desligar e perguntou:

Nunca o tinha ofendido, nunca lhe fez nada. Por que ele insistia em pegá-la pra implicar?

Com o semblante fechado, ela deu meia-volta, pronta pra sair da sala. Afinal, Letícia já tinha recusado o convite. Assunto encerrado.

— Você quer falar com a Bia? Pra quê? — A voz de Letícia soou assim que Beatriz saiu da cozinha.

Ela colocou o prato sobre a mesa com uma expressão neutra, quase aborrecida.

Então era isso mesmo. Letícia já tinha dito “não”, mas ele ainda insistia?

— Se tem algo a dizer, fala que eu passo o recado! — Disse Letícia, vindo com o prato nas mãos atrás de Beatriz.

— Ai meu Deus, tá bom, tá bom! Vou colocar no viva-voz! — Bufou, revirando os olhos. — Mas já aviso: se tentar mexer com a minha amiga na minha frente, não vai sobrar nem dignidade pra você.

Do outro lado, a voz grave e calma de Eduardo soou no viva-voz:

— Você acha mesmo que eu sou esse tipo de homem? Que tipo de covarde mexe com mulher?

Beatriz: “Como você tem coragem de dizer um negócio desses? A cara nem treme.”

Letícia: “Você... Tá se xingando?”

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