Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 182

Beatriz então tirou as luvas, pegou o celular e procurou o número da portaria. Letícia olhou rapidamente e memorizou, depois correu de volta para o quarto e trancou a porta atrás de si, isolando qualquer som do lado de fora.

O telefone da portaria atendeu rápido. Assim que a ligação foi completada, Letícia falou apressada:

— Tem um homem tentando entrar aí agora! O nome dele é Gabriel! Não deixem ele passar!! Ele é perigoso, violento! Se ele encontrar a moradora Beatriz, vai machucar ela! E, se isso acontecer, vocês vão ser responsabilizados também!!

Na portaria, o segurança que atendeu o telefone olhou imediatamente para fora e gritou para os colegas:

— Um tal de Gabriel tá tentando entrar? Impede esse cara! Ele veio pra agredir uma moradora!

O segurança na entrada conferiu o caderno de registros. Era mesmo o sujeito suspeito de antes. Não imaginava que fosse realmente perigoso. Imediatamente chamou o outro segurança que o acompanharia.

— Tira ele daqui agora! De jeito nenhum esse cara vai entrar no condomínio!

Gabriel ouviu o chamado do segurança e virou-se por reflexo. No instante seguinte, sentiu o braço ser agarrado.

— Senhor, o senhor não pode entrar. Vamos sair daqui, por favor. — Disse o segurança.

Gabriel sacudiu o braço, livrando-se da mão do homem. Achou aquilo um absurdo. Tinha feito de tudo pra entrar, e agora iam colocá-lo pra fora sem nem chegar perto de Beatriz?

Vendo que ele estava resistindo, o segurança chamou reforço pelo rádio. Gabriel disparou em corrida, com cinco ou seis seguranças atrás dele.

— Para agora ou vamos chamar a polícia!

A ameaça não causou nem cócegas. Gabriel deu uma guinada e entrou num dos blocos do condomínio. A ideia era subir de elevador e depois trocar de andar para despistar. Enquanto corria, ligou novamente para Letícia.

Dessa vez, ela atendeu quase de imediato. Gabriel falou com raiva, ofegante:

— Letícia! Eu nunca te fiz nada! Por que tá me sabotando desse jeito?!

A voz dele veio carregada de cansaço e raiva. Letícia, do outro lado, soltou um risinho debochado:

— Quem mandou você me usar? Tá sendo bem perseguido, né?

Gabriel cerrou os punhos. O elevador se fechou atrás dele, separando-o dos seguranças.

Era apavorante. De jeito nenhum Bia podia descobrir que Gabriel tinha conseguido entrar no prédio!

Enquanto isso, em outro bloco do condomínio...

Gabriel já estava prestes a chegar ao vigésimo sexto andar, onde havia apertado o botão, quando, de repente, o painel do elevador começou a descer... Sem que ele tocasse em nada.

Ele olhou para o visor e entendeu na hora. Alguém no sistema estava controlando o elevador remotamente. Tentou ligar para Letícia de novo, mas desta vez a ligação não completou.

Poucos minutos depois, o elevador parou no térreo. As portas se abriram, e quatro seguranças o esperavam do lado de fora.

Dois entraram e o puxaram para fora com firmeza. Os outros dois ajudaram a imobilizá-lo.

Gabriel tentou resistir, se debatia, mas era inútil. Quatro contra um. E ele também não podia bater de verdade, já tinha invadido o condomínio, qualquer ato de violência só pioraria a situação.

No fim, os seguranças conseguiram conter o homem suspeito. E foi exatamente nesse momento que a polícia chegou.

Pela segunda vez, Gabriel teve o prazer de experimentar o peso frio das algemas nos pulsos.