Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 178

— Quem não deve, não teme. Se o senhor quer me acusar sem fundamento, não posso fazer nada. — Disse Eduardo com toda a calma do mundo, olhando diretamente para Gabriel, que estava prestes a explodir. — Eu nem conheço essa mulher. Por que eu venderia o endereço de alguém que não tenho nenhuma relação? Mesmo que o senhor me processe, o juiz vai estar do meu lado.

— Você pode não conhecê-la, mas me conhece! Não podia ao menos ficar do meu lado? Por que tem que me ferrar?! — Gabriel retrucou, indignado.

— Eu não fico do lado de ninguém. Eu fico do lado da justiça e da razão. — Respondeu Eduardo, com a pose de um paladino da virtude.

— Você...! — Gabriel estava fervendo por dentro. Só de ver a expressão certinha daquele cara, dava vontade de socar alguma coisa.

“Eduardo… Que filho da mãe mais insuportável! Achava que era o quê? Um santo enviado à Terra pra espalhar amor e justiça com auréola brilhando sobre a cabeça?”

Enquanto isso, os funcionários de ambos os lados estavam completamente perdidos no meio do fogo cruzado, com cara de quem assistia a um reality show ao vivo.

Afinal… O Sr. Eduardo conhecia ou não conhecia o casal Gabriel e Beatriz? Ele dizia que não, mas o Sr. Gabriel claramente o procurava pra obter informações.

O que estava claro era que Eduardo sabia, sim, onde Beatriz estava. Só não queria entregar.

A situação era um nó só. Era isso que chamavam de “círculo fechado da elite”?

Na cabeça de todos ali, as peças começaram a se encaixar. Era bem possível que o Sr. Eduardo conhecesse a Sra. Beatriz e estivesse escondendo ela de propósito. E pronto: o roteiro da novela estava escrito. Drama de amor, ódio, poder e traição entre famílias milionárias.

Os olhos dos funcionários se voltaram para os dois CEOs. Cada um com seu próprio pensamento:

"Então é essa a tal Beatriz, a mulher que fez dois gigantes brigarem publicamente? Deve ser mesmo uma deusa."

Mas mesmo com o espetáculo rolando, alguém precisava lembrar que estavam numa reunião formal.

Do lado do Grupo Pereira, o gerente respirou fundo, puxou discretamente o braço do chefe e murmurou com urgência:

— Sr. Gabriel, por favor… Se acalme. Negócio é negócio. Cabeça fria dá lucro.

Com um puxão firme, Gabriel foi forçado a se sentar de volta na cadeira. Ainda que continuasse lançando um olhar fulminante para o homem do outro lado da mesa.

— Imagina! Nosso Sr. Gabriel é sempre muito… Receptivo…

O gerente tentava salvar a situação, mas nem terminou a frase, pois Gabriel soltou:

— Ainda bem que você sabe se colocar. O Sr. Eduardo tem consciência do próprio lugar. — Disse, com um sorriso frio e venenoso.

O gerente quase teve um colapso.

Virou-se devagar para Gabriel, os olhos implorando: “Pelo amor de Deus, chefe, segura essa língua!”

Gabriel soltou um leve bufar de desprezo e continuou encarando Eduardo com aquele olhar de desdém.

O gerente já se preparava pra ver o Sr. Eduardo levantar e sair batendo porta, temendo que não houvesse sequer uma próxima rodada de negociações, mas, para sua surpresa… A resposta foi bem diferente do que ele imaginava.

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