Eu!Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 358

Ao se lembrar da cena em que Inês havia sido sequestrada, Noe sentiu como se estivesse revivendo sua própria morte.

Quanto ódio havia nos olhos de Inês naquele momento? Ela o odiava tanto, mas no último momento ela se jogou para frente para protegê-lo de um golpe, querendo que ele lhe devesse algo, mesmo que isso lhe custasse a vida.

Esse ódio havia transcendido a própria existência.

Pelo menos, tinha. Veja, agora Noe lhe devia tudo, cada ato marcado pelo sangue. Mesmo que morresse, ele jamais pagaria essa dívida.

"E agora... o que eu faço?" - Como despertar a memória que ela estava evitando?

Oziel ficou em silêncio por um longo tempo, até que finalmente disse em um tom sério: "Tem certeza de que quer que ela recupere a memória?"

Noe hesitou e Oziel continuou: "Noe, talvez seja melhor que ela não se lembre do passado que a machucou. E você... é melhor desaparecer do mundo dela."

Desapareça. Não deixe nada para trás, não permita que ela se lembre de você.

A alma de Noe estremeceu, parado ali, sem conseguir articular uma única palavra.

Ele... estava disposto a sair de cena?

******

Quando a notícia da amnésia de Inês chegou aos ouvidos de Teodoro Farnese, seus olhos se iluminaram: "Ela se esqueceu de Noe, não é?"

Amado, guiado pela mão de Teodoro Farnese, vinha sendo buscado na escola por ele nos últimos dias, também como forma de saber notícias sobre Inês. O menino sorriu e disse: "Você acha que tem uma chance agora, não é?"

Teodoro Farnese sorriu, com os olhos quase se fechando: "Como você é esperto! Vamos, encontre uma maneira de me levar para ver sua mãe. Já que ela esqueceu seu antigo amor, eu posso me tornar seu novo amor!"

Amado fez uma careta: "Você só está aqui por causa da minha mãe".

"Ah, garoto esperto, também por sua causa, está satisfeito agora?" - Teodoro Farnese o levou até o carro e perguntou: "Por falar nisso, Noe não disse nada sobre eu ir buscá-lo?"

Quando Noe soube que Amado havia trazido até Teodoro Farnese, ficou tão irritado que a ponta da caneta que estava usando para assinar um documento quebrou, espirrando tinta e manchando de preto a folha de papel A4.

Os serviçais perguntaram a Noe se deveriam impedir Amado e Teodoro Farnese, mas Noe ficou em silêncio por um longo tempo, até esboçar um sorriso com a outra mão.

Enquanto sorria, a voz do homem foi ficando rouca.

"Não precisa. Deixe-os."

Ele disse.

Foi nesse momento que ele percebeu como a indiferença de Amado havia se tornado óbvia; bastava dar um passo atrás dele e o garoto faria o que quisesse, sem jamais considerá-lo.

No fim das contas, por mais que ele tentasse se aproximar da família de Inês, nunca deixaria uma marca na memória deles.

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