Noe Serpa não sabia como tinha saído da casa de inês naquele dia. Ele foi ferido pelas últimas palavras dela, ficou arrasado, e praticamente fugiu, escapando da casa dela. Ele dirigia seu carro esportivo em alta velocidade, os vidros abaixados, o vento soprando diretamente em seus olhos.
Noe Serpa sentia todo o seu corpo tremer, uma dor espasmódica surgindo em seu peito.
Quando chegou em casa dirigindo, ele estava cambaleante, como se estivesse gravemente ferido. Ele abriu a porta de casa e se jogou no sofá.
Em seguida, ele se encolheu lentamente, como um bebê indefeso, se enroscando na posição de um feto ainda dentro do ventre materno, agarrando-se com força à própria roupa no peito.
Ele parecia um general derrotado, com toda a sua consciência em colapso, tremendo enquanto respirava profundamente. No entanto, ele percebeu que a dor era intensa ao ponto de até mesmo a respiração ser dolorosa.
Noe Serpa fechou os olhos, parecendo ter lágrimas gélidas nos cantos, depois de um longo silêncio, ele emitiu um gemido baixo, seguido por um soluço.
Ele pensou que não se importava, que poderia enfrentar tudo com facilidade, mas o olhar de inês era tão doloroso e severo que cada palavra que ela dizia era como uma lâmina torturando-o. Sentia-se despedaçado, e a dor era aguda em todo o seu ser.
Ele nunca tinha prestado atenção nessa mulher, ele a odiava, então por que ele ficou tão triste quando percebeu que ela não se importava com ele?
Será que o desejo possessivo mesquinho de um homem pode causar tanta dor?
Os dedos de Noe Serpa se apertavam firmemente, mas isso não conseguia conter o tremor de suas mãos. Ele sentia como se estivesse sofrendo de uma doença grave, todas as palavras ofensivas que ele proferiu agora estavam se refletindo nele mesmo.
Como ele poderia expressar seu arrependimento?
Ele não a amava, não a amava, então por que ele estava tão triste?
Essa noite parecia interminável, cada minuto torturando o coração de Noe Serpa.
Ele sentia que a dor de perder inês, talvez, fosse até maior... do que quando ele perdeu Acelina.
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Depois de uma noite tumultuada com Noe Serpa, inês se atrasou para o trabalho no dia seguinte. Preocupada com o desconto no salário, bocejou ao voltar para sua mesa.
"É raro você se atrasar assim."
Janete girava uma caneta ao lado: "Pensei que se atrasar era coisa do Gabrielo."
Assim que ela terminou de falar, outro homem que chegou atrasado entrou no escritório com passos lentos e uma expressão de quem mal havia dormido: "Bom dia..."
Sia examinou inês por um momento, tentando encontrar alguma falha em seu rosto, mas sua expressão era tão natural que ele não conseguiu ver nada de estranho.
O homem finalmente falou com voz grave: "Onde está a Bruna?"
A resposta de inês foi um silêncio mortal.
Ele fez um som de desdém e perguntou novamente, impaciente: "Onde está a Bruna? Minha paciência tem limites..."
"Ela está morta."
inês levantou a cabeça e encontrou os olhos de Celso: "Você quer encontrá-la? Mandar uma coroa de flores para ela? Ou acender uma vela para ela?"
As pupilas âmbar de Celso se contraíram lentamente, e ele instintivamente retrucou: "Impossível!"
"Impossível? Já se passaram sete dias." - inês zombou: "A Bruna não tinha família, eu cuidava de tudo sozinha e o retrato dela ainda está em minha casa. O que foi, sua consciência pesou e agora você quer vir prestar suas homenagens?"
Sia sentiu um arrepio percorrer sua espinha, lentamente, muito lentamente subindo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Eu!Matei a Vilã Secundária!
O que aconteceu com as atualizações???? Triste...
quanto mistério! preciso de mais 🙏🏻...
Por favor, liberem mais capítulos por dia......
por favor liberem mais...
Comecaram a tradução e pararam a dois meses,quando vão reiniciar as traduções?...
Acelera nos capitulos por favor...
O livro no app esta bem adiantado porque por aqui esta tão lento?...
Tô gostando muito....maus mais mais pf...