Esposa Grávida em Fuga romance Capítulo 90

Só quando a testa de Claudia atingiu o chão percebeu que as coisas haviam saído do controle. Só queria fingir uma queda, não se ferir.

Enquanto caía, cobriu o rosto com as mãos, mas ainda assim se machucou. Era possível ouvi-la bater nos degraus com um baque surdo.

“Claudia!”

Suas amigas correram para ajudar. Os convidados presenciaram a cena.

Victoria ficou paralisada. Olhou para a mão e semicerrou os olhos. Não encostei nela. Como ela caiu? Torceu o tornozelo ou algo assim?

Uma voz apática perguntou: “O que aconteceu?”

A mulher pareceu perceber algo.

Arthur e Bruno chegaram ao mesmo tempo. Quando Arthur viu que o cabelo de Victoria estava uma bagunça, girou a mulher para encará-lo. “Ela machucou você?”

Assustada, olhou para o homem incrédulo. Eu fui a primeira em quem ele reparou quando chegou? Sempre pensei que se preocupasse apenas com Claudia. Foi isso que Nicolas quis dizer quando me disse para o avaliar com o coração?

Antes que pudesse refletir, alguém gritou: “Claudia está sangrando!”

Victoria ergueu a cabeça e encontrou o olhar sério de Arthur. Olhava para ela em conflito.

A mulher permaneceu em silêncio. Vamos ver o que vai fazer. Quero descobrir se significo alguma coisa para ele desta vez.

Sentiu o homem afrouxar o aperto em seus ombros. Suas pupilas dilataram e sentiu o coração pesar. Olhou para as mãos do homem.

Arthur percebeu e pressionou os lábios. Como se tivesse decidido, sussurrou: “Ela está ferida. Tenho que ver como está.”

Pronto. Não sou tão importante, afinal. O sorriso escarnecedor quase imperceptível foi sua resposta.

O homem franziu a testa diante da reação, apertou os ombros dela e disse entre os dentes: “Espere por mim.”

Então soltou-a. Ela o observou arrastar-se na direção de Claudia. Seus ombros relaxaram como se não tivesse mais energia para suportar o peso.

Um novo par de mãos pousou seus ombros. Victoria olhou para trás assustada.

Bruno percebeu a tristeza em seu olhar. Ajustou os óculos com calma e sorriu para ela. “Você está bem?”

Victoria não respondeu. No instante seguinte, um grito abafado chamou sua atenção.

Claudia cobria a testa com as mãos, sangue escorria por entre os dedos. O líquido carmesim contrastava com a pele clara.

Victoria franziu as sobrancelhas quando viu tanto sangue, não imaginou que fosse grave.

“Foi Victoria quem empurrou Claudia!”, alguém acusou de repente.

Todos voltaram sua atenção para a mulher.

Aqueles que vieram do salão lembraram-se de tê-la visto estender a mão. Ela empurrou Claudia? Se for verdade, foi muito cruel.

Nicolas observou a figura esbelta diminuir. Apenas quando a mulher desapareceu de vista foi que baixou o olhar e balançou a cabeça impotente. Os dois não estão destinados a ficar juntos?

…

O vento frio da noite deixou Victoria desconfortável.

Estava sentada em um longo banco do lado de fora do hotel sozinha com um par de fones sem fio nos ouvidos enquanto ouvia Suelen reclamar.

“Droga! Aquelas mulheres são umas descaradas! Como tiveram coragem de fazer isso? Claudia foi corajosa. Se machucou de propósito só para te culpar. Loucura, né? Entendi por que não é uma adversária à altura. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para alcançar seus objetivos!”

Claudia já havia ajudado Victoria antes. Mesmo que a considerasse uma rival e não pudesse ser sua amiga, ainda tinha uma boa impressão dela. Não acreditava que a mulher faria coisas desprezíveis.

Mas tinha certeza de que não havia encostado nela, então como caiu? Estava tentando tramar contra mim? Ou foi apenas um acidente? A dúvida pairava em sua mente.

“Ela foi para o hospital. Vamos ver o que vai acontecer.”

Suelen riu com desdém. “Não é difícil adivinhar. Vai tentar culpá-la e semear a discórdia entre você e Arthur. Quando perguntarem, vai dizer que foi um acidente, vai pedir para Arthur não te culpar, porque foi ela que perdeu o equilíbrio. Que apostar?”

Victoria apertou um lábio contra o outro e continuou em silêncio.

“Conheci muita gente como ela. Vai fingir defendê-la, mas tudo o que disser vai sugerir que você é a culpada. Não sabe o motivo? Se não fosse essa a intenção, por que se aproximou de você de repente?”