Espada Divina do Amor romance Capítulo 172

"Poderia fazer o favor de calar a boca?" – pediu Alexander, levantando a cabeça lentamente e lançando um olhar ao gerente.

"Não é você quem decide se eu fico calado ou não."

"Você sabe onde estamos? Na Vila Beira do Lago, um hotel seis estrelas!"

"E eu sou o gerente do Hotel Noturno. Aqui, não posso falar quando eu quiser?"

Nenhum dos dois percebeu que alguém havia entrado no saguão de entrada.

Mauro, que ouvia a conversa, já estava franzindo a testa, sua expressão se fechava em desagrado.

"Quer apostar que com uma única palavra minha..."

"Você vai perder seu posto?"

Alexander olhou fixamente para o gerente, com um tom de voz muito sereno.

Aquele tipo de pessoa não era suficiente para irritar Alexander.

"Ah, isso eu duvido."

"Nosso diretor-geral preza por um bom atendimento ao cliente e se esforça para ser um exemplo, por isso que estou sendo educado com você."

"Você realmente se acha o centro das atenções?"

Com os braços cruzados e um olhar de desprezo, o gerente claramente não levava Alexander a sério.

"Se ele é ou não o centro das atenções, eu não sei."

"Mas o que você acha que é?"

Foi então que a voz gelada de Mauro soou, calma e firme.

Ao ouvir essa voz, Alexander estremeceu, mas não se virou.

Dois segundos depois, um sorriso enigmático surgiu em seu rosto.

Ele tinha chegado!

Mauro, o antigo líder da guarda pessoal, estava ali!

Anos de batalhas lado a lado haviam criado um laço inquebrável entre eles.

O gerente, ouvindo aquela voz, virou-se lentamente e viu que Mauro estava se aproximando.

"Ah, senhor, o senhor chegou?"

"É isso mesmo, esse aleijado está se achando, querendo tirar o direito de uso do espaço número nove das suas mãos."

"Estou só tentando ensinar ele uma lição."

O gerente sorriu orgulhoso de si mesmo, ciente do temível poder de Mauro, e aproveitou a oportunidade para puxar o saco.

Enquanto falava, Mauro já estava ao seu lado.

"Ensinar uma lição?"

Mauro olhou para o gerente com uma voz tranquila.

"Exatamente! Esse aleijado é um abusado! Quem ele pensa que é para te desafiar?"

O gerente bufou, olhando para Alexander, preparando-se para continuar.

"Vou te ensinar uma lição primeiro!"

No entanto, Mauro rugiu de raiva e deu um passo à frente, balançando o braço no ar e desferindo um tapa violento.

O som do tapa ecoou por todo o salão, rápido e forte.

O gerente levou um golpe tão violento que foi lançado para longe.

Seu corpo voou por mais de três metros antes de cair pesadamente.

Após preparar o ambiente, Mauro se virou lentamente e começou a caminhar em direção a Alexandre, um passo de cada vez.

O peso que vinha reprimindo em seu coração já não podia ser contido.

Mauro, o homem que nem sob o impacto de várias balas fazia ele gemer, tinha agora os olhos marejados e o corpo tremendo.

Parando diante de Alexandre, baixou o olhar para as pernas dele, e seus olhos ficaram ainda mais úmidos.

“Dois anos sem ver você, você está bem?” Alexandre perguntou com um sorriso.

Ao ouvir essas palavras, Mauro engasgou com a emoção.

“Comandante-chefe, suas pernas...”

No segundo seguinte, Mauro se ajoelhou, olhando para as pernas de Alexandre e, depois, baixou profundamente a cabeça.

Quando levantou a cabeça novamente, seu rosto estava banhado em lágrimas.

“Comandante-chefe, me desculpe por chegar tarde...”

Mauro disse a Alexandre, com lágrimas transbordando dos seus olhos.

“Homem de verdade não se ajoelha facilmente, levante-se,” Alexandre disse calmamente.

Mauro encarou Alexandre por alguns segundos e, num movimento rápido, pôs-se de pé.

Ficou ereto, imponente como uma lança.

Mauro enxugou as lágrimas, se endireitou e, voltado para Alexandre, prestou continência.

“Comandante-chefe, seu guarda pessoal Mauro.”

“Agora, Comandante de três estrelas do Noroeste, apresentando-se para o serviço!!”

“Por favor, suas ordens!!”

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Espada Divina do Amor