O Cullinan cortava a noite com agilidade, e, apesar da velocidade, Nadia não parecia sentir desconforto.
De fato, um carro de luxo era realmente diferente dos carros comuns.
Quando o semáforo ficou vermelho, o carro reduziu a velocidade de forma suave.
Olavo, com as mãos firmemente posicionadas no volante, olhou para ela, que estava apoiada na janela, visivelmente cansada, e sentiu um aperto no peito.
Quebrando o silêncio, ele perguntou: "Há quanto tempo você trabalha na Arara Azul Tecnologia?"
"Faz pouco tempo. Um pouco mais de um ano."
Olavo acenou com a cabeça e indagou novamente: "Você está feliz no trabalho?"
Nadia respondeu com uma voz um pouco distante: "Mais ou menos."
"Mais ou menos? Então não está muito feliz?"
"Não é isso. O trabalho é uma responsabilidade. Não importa se estou feliz ou não, o que conta é o dinheiro que entra."
Olavo ficou em silêncio. Depois de um tempo, ele retomou a conversa: "Sua avó está bem de saúde?"
Nadia respondeu com um simples "Ah, mais ou menos."
Vendo a apatia dela e percebendo que não queria conversar, Olavo manteve a expressão séria.
Logo, chegaram à entrada das Quintas do Paraíso Tropical. A chuva já tinha cessado por completo, e até o vento estava tranquilo.
Nadia desfez o cinto de segurança, saiu do carro sem lançar um único olhar para ele e disse: "Obrigada, Sr. Ramos."
Olavo observou pelo retrovisor a silhueta determinada dela se afastando e soltou um suspiro baixo antes de virar o volante e seguir seu caminho.
Ao chegar ao cruzamento, pareceu ter uma lembrança súbita, virou o carro e seguiu de volta em direção à entrada do Quintas do Paraíso Tropical.
Mas ele não parou no Quintas do Paraíso Tropical, continuou dirigindo.
Finalmente, ao chegar na próxima interseção, encontrou Nadia.
Sob a luz amarelada dos postes, ele a viu abrir o grande portão de ferro de um prédio antigo, subir rapidamente até o segundo andar e entrar animadamente no apartamento, fechando a porta atrás de si.
Naquele momento, seu rosto não trazia os sinais de cansaço que ele tinha visto no carro.
Essa pequena mentirosa.
Usar o chefe para pressioná-la? Ela não cederia.
No dia seguinte, Nadia chegou pontualmente para o trabalho e logo foi chamada por um colega para uma reunião.
O projeto da Horizonte Financeiro Investimentos foi oficialmente aprovado, e Benício estava pessoalmente à frente desse grande projeto. Por isso, convocou todos os membros do projeto para uma reunião na sala de conferências pela manhã.
Quando a reunião terminou, já estava quase na hora do almoço.
Antes de deixar a sala, Benício chamou Nadia de lado: "Passei seu número para o Sr. Ramos. Lembre-se de respondê-lo e de manter uma boa relação com ele."
Nadia ficou paralisada, pegou o celular e notou que a mensagem da noite anterior ainda estava no mesmo lugar.
Com hesitação, ela respondeu:
"Sinto muito, Sr. Ramos, fui dormir cedo ontem e só vi a notificação agora."
Ela enviou alguns emojis suplicantes, tentando agradar ao cliente. Depois de terminar, jogou o celular no bolso e desceu para almoçar.
Se demorasse mais, não restaria mais costela ao molho barbecue, seu prato favorito.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Encontros do Destino Após Longo Adeus
Estou adorando muito bom a história posta mais por favor...